
Você já parou pra pensar se aquela canetinha milagrosa que todo mundo fala realmente funciona pra quem tá enfrentando um câncer? Pois é, a questão não é tão simples quanto parece.
Na Oncomed-MT, referência em oncologia em Mato Grosso, os médicos vivem esbarrando nessa dúvida dos pacientes. E a resposta, pra variar, não é preto no branco. Depende. Sempre depende.
O que dizem os especialistas
"A gente vê muitos pacientes chegando aqui já usando ou querendo usar essas canetas", conta a Dra. Renata Alves, oncologista com mais de 15 anos de experiência. "O problema é que cada caso é um caso - o que serve pra um pode ser perigoso pra outro".
Segundo ela, o maior risco tá na combinação desses medicamentos com os tratamentos convencionais. "É como misturar álcool e direção - pode dar muito ruim", compara, usando uma analogia que todo brasileiro entende.
Quando pode ser considerado?
Em situações muito específicas, sob supervisão médica rigorosa, talvez. Mas olha só o que precisa ser avaliado antes:
- O tipo de câncer e estágio da doença
- O protocolo de tratamento em curso
- O histórico clínico completo do paciente
- Possíveis interações medicamentosas
"Tem paciente que chega aqui achando que é só aplicar e pronto", diz o Dr. Carlos Mendes, endocrinologista da equipe. "Mas a gente tem que explicar que o corpo já tá sofrendo tanto com a doença e o tratamento..."
Os perigos que ninguém conta
E não é só questão de não funcionar. Pode piorar, e muito:
- Desnutrição - já que muitos pacientes oncológicos sofrem com perda de apetite
- Desidratação severa
- Alterações metabólicas perigosas
- Interferência na eficácia do tratamento principal
Pra piorar, tem gente por aí vendendo isso como solução mágica. "É criminoso", dispara a Dra. Renata. "Prometer emagrecimento pra quem tá lutando contra o câncer é como vender guarda-chuva furado numa tempestade".
A alternativa segura
Na Oncomed, a abordagem é diferente. "Primeiro a gente estabiliza o paciente, vê as reais necessidades nutricionais, e só depois pensa em estratégias pra controle de peso", explica a nutricionista Mariana Costa.
E o melhor? Tudo acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar. Porque câncer já é difícil demais pra enfrentar sozinho.
No final das contas, a mensagem é clara: antes de qualquer decisão sobre medicação, converse com seu oncologista. Seu corpo já tá passando por tanto - não arrisque com soluções duvidosas.