
Uma situação de arrepiar os pelos está sendo investigada no Nordeste e ecoou com força no Centro-Oeste. Sabe aquele frio na espinha que a gente sente quando algo muito errado acontece? Pois é.
No Piauí, uma sequência assustadora de mortes de animais — sim, estamos falando de centenas de bichos — acionou todos os alertas. O fato gerou uma reação em cadeia, quase que instantânea, em Mato Grosso.
A Agência de Defesa Sanitária Agropecuária do estado (Indea-MT) não perdeu tempo. Na tarde desta quarta-feira (21), em uma decisão que mistura cautela extrema e pressão por respostas, determinou a suspensão imediata do uso de um lote específico de vacina contra raiva animal. A medida é preventiva, mas carrega um peso enorme.
O que se sabe até agora? Pouco, e é isso que assusta
As informações ainda são um quebra-cabeça com peças faltando. A vacina em questão foi aplicada em animais no município piauiense de Canto do Buriti. Horas depois, o cenário era desolador: centenas de óbitos, criando um mistério de causar arrepios.
O fabricante do imunizante, cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente, já foi notificado e, imagino, deve estar correndo contra o tempo para entender o que houve. A suspeita, claro, recai sobre uma possível reação adversa catastrófica. Mas ninguém crava nada ainda — a investigação técnica está só no começo.
E Mato Grosso? Como fica nessa história?
Bom, aí é que está o pulo do gato. Aparentemente, o mesmo lote da vacina suspeita de ter causado a tragédia no PI tinha destino certo em território mato-grossense. A Indea-MT, espertamente, bloqueou a entrada e o uso do produto antes que qualquer problema semelhante pudesse ocorrer por lá.
É daquelas jogadas de defesa que a gente torce para sempre ser exagero, mas que, vistas as circunstâncias, foram mais do que acertadas. Um verdadeiro 'melhor prevenir do que remediar', só que em escala estadual.
O comunicado oficial do órgão é claro: a suspensão vale até que as investigações no Piauí sejam concluídas e se tenha total clareza sobre as causas dos óbitos. Enquanto isso, a ansiedade no setor agropecuário só aumenta.
O caso joga um holofote brutal sobre os protocolos de segurança sanitária. Afinal, vacinas são feitas para proteger, não o contrário. Quando a ferramenta vira ameaça, é sinal de que algo saiu muito, muito fora do roteiro.
O que terá acontecido? Falha de produção? Problema no transporte que alterou o produto? Lote contaminado? São muitas perguntas e, por ora, zero respostas definitivas. Uma espera angustiante para produtores, veterinários e toda uma cadeia que depende da confiança na sanidade animal.
Uma coisa é certa: o assunto não vai esfriar tão cedo. Até porque, quando se mexe com a vida no campo, o Brasil todo para para prestar atenção.