
A situação em Campo Grande está ficando crítica, e não é exagero dizer isso. As autoridades de saúde do Mato Grosso do Sul acabaram de notificar mais uma morte que tem tudo para ser causada por metanol - aquele álcool industrial que não deveria estar em lugar nenhum perto de algo que a gente bebe.
O caso é de um homem de 54 anos, morador da capital, que faleceu no último domingo. Os sintomas que ele apresentou antes de morrer são aqueles clássicos de quem ingeriu essa substância perigosa: muita dor abdominal, visão embaçada, aquela confusão mental que assusta qualquer um. Coisa de cinema de terror, só que na vida real.
O que está acontecendo exatamente?
Bom, vamos por partes. Desde agosto, a Secretaria de Saúde já registrou cinco mortes confirmadas por metanol na região. Cinco vidas perdidas por causa de bebidas adulteradas. Agora, com esse novo caso suspeito, o total sobe para seis óbitos sendo investigados. É como se tivesse um assassino invisível circulando por aí, escondido em garrafas aparentemente inofensivas.
O pior de tudo? As vítimas têm perfis variados - jovens, adultos, pessoas que provavelmente nunca imaginaram que uma simples bebida pudesse levar à morte. Isso me faz pensar: quantas vezes nós mesmos já compramos aquela "bebida baratinha" sem questionar a procedência?
E as autoridades, o que estão fazendo?
A Vigilância Sanitária não está de braços cruzados, isso é importante destacar. Eles iniciaram uma operação de verdade nas ruas, fiscalizando bares, mercadinhos, esses lugares que a gente frequenta no dia a dia. Já coletaram 17 amostras de bebidas suspeitas - e adivinhem? Duas delas deram positivo para metanol.
Duas garrafas que poderiam ter causado ainda mais tragédias. É de arrepiar.
Mas sabe o que é ainda mais preocupante? A subnotificação. Quantos casos podem estar passando despercebidos? Quantas pessoas podem estar sentindo sintomas leves e atribuindo a outras causas? A verdade é que não temos a dimensão real do problema, e isso assusta muito mais.
O recado das autoridades é claro:
- Desconfie de bebidas com preços muito abaixo do mercado
- Observe sempre o lacre e a aparência da embalagem
- Compre apenas em estabelecimentos confiáveis
- Ao menor sinal de sintomas, procure ajuda médica IMEDIATAMENTE
O tempo aqui é crucial - metanol age rápido e o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes. Cada minuto conta quando se trata de salvar uma vida.
Enquanto isso, a população de Campo Grande vive um misto de preocupação e indignação. Como é possível que em pleno 2025 ainda tenhamos que lidar com casos assim? É uma pergunta que não quer calar, e honestamente, não sei se alguém tem uma resposta satisfatória.
O que sei é que precisamos ficar alertas. Muito alertas. Porque quando a ameaça vem disfarçada de algo tão comum quanto uma bebida, o perigo pode estar mais perto do que imaginamos.