MS confirma 3 casos de subclado K da gripe; vacinação é reforçada
3 casos de subclado K da gripe confirmados em Mato Grosso do Sul

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) divulgou, nesta sexta-feira (19), a confirmação de três casos de infecção pelo subclado K da Influenza A (H3N2) no estado. A informação reforça a necessidade de manutenção das medidas preventivas e, principalmente, da vacinação anual contra a gripe, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Detalhes dos casos confirmados

Os três pacientes identificados com a variante viral já se recuperaram e não necessitaram de internação hospitalar. Os casos são os seguintes: um bebê do sexo feminino, de cinco meses, residente em Campo Grande; uma mulher de 73 anos, moradora de Nioaque; e um homem de 77 anos, da cidade de Ponta Porã.

Conforme os dados da SES, dois desses pacientes não possuíam comorbidades registradas em seus prontuários. O terceiro, entretanto, tinha histórico médico de hipertensão e diabetes. A confirmação do subclado K seguiu o protocolo padrão de vigilância: as amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do estado (Lacen/MS) e, posteriormente, encaminhadas para confirmação e sequenciamento genético no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que é o laboratório de referência nacional.

O que é o subclado K e qual o cenário atual?

É fundamental esclarecer que o subclado K não é um vírus novo. Trata-se de uma subdivisão ou variação genética do vírus Influenza A (H3N2), que surgiu a partir de pequenas mudanças ao longo do tempo. Até o momento, não existem evidências de que essa variação provoque quadros clínicos mais graves em comparação com outras cepas da gripe. Os sintomas permanecem os mesmos: febre, dor no corpo, tosse e cansaço.

A principal característica observada em outras regiões do mundo, especialmente no hemisfério norte, foi uma circulação mais intensa e antecipada do vírus, resultando em aumento de casos e hospitalizações. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram um alerta epidemiológico sobre o assunto, o que levou o Brasil a intensificar sua vigilância.

No cenário nacional, o Ministério da Saúde observa que, em 2025, o país apresentou um comportamento atípico da Influenza A (H3N2), com aumento de casos no segundo semestre, antes mesmo da identificação do subclado K em território brasileiro. Atualmente, as regiões Centro-Oeste e Sudeste já registram queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, enquanto Norte e Nordeste ainda mostram crescimento.

A vacinação segue como principal arma de prevenção

Diante do cenário, as autoridades sanitárias reforçam que a vacinação anual contra a influenza continua sendo a medida mais eficaz para prevenir casos graves, complicações e internações. As vacinas disponibilizadas pelo SUS protegem contra as formas graves da doença, incluindo as causadas pelo subclado K.

Os grupos prioritários para a campanha permanecem os mesmos: idosos, crianças, gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades, professores e profissionais de saúde, entre outros. A SES-MS também orienta a população a manter as medidas de prevenção já conhecidas:

  • Usar máscara ao apresentar sintomas respiratórios;
  • Lavar as mãos com frequência com água e sabão ou usar álcool em gel;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Procurar atendimento de saúde em caso de sinais de agravamento, como falta de ar.

Além da vacina, o SUS disponibiliza gratuitamente o antiviral para o tratamento da gripe, indicado principalmente para os grupos de risco. O medicamento é mais eficaz quando administrado logo no início dos sintomas, ajudando a reduzir o risco de complicações. O Ministério da Saúde segue monitorando a situação por meio de avaliações semanais, com dados divulgados no Informe Epidemiológico Semanal.