Os países membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) deram um importante passo na cooperação para a produção de medicamentos, com o objetivo de reduzir custos e ampliar o acesso a tratamentos essenciais para suas populações.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (7) pelo ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, durante encontro no Rio de Janeiro. A iniciativa visa fortalecer a capacidade produtiva dos países do bloco e reduzir a dependência de insumos farmacêuticos importados.
Brasil como hub farmacêutico
Segundo Padilha, o Brasil terá um papel estratégico nessa parceria, com potencial para se tornar um centro de produção e distribuição de medicamentos na América Latina. "Estamos trabalhando para criar sinergias entre nossas capacidades industriais e tecnológicas", afirmou o ministro.
Principais benefícios da parceria:
- Redução de até 30% nos custos de medicamentos essenciais
- Transferência de tecnologia entre os países membros
- Capacitação de profissionais da área farmacêutica
- Maior segurança no abastecimento de remédios estratégicos
O projeto inclui a criação de um fundo conjunto para financiar pesquisas e o desenvolvimento de novos fármacos, com foco especial em doenças negligenciadas que afetam principalmente populações de baixa renda.
Impacto na saúde pública
Especialistas apontam que a iniciativa pode revolucionar o acesso a medicamentos nos países envolvidos. "Esta cooperação técnica entre nações com sistemas de saúde universais é um marco na luta pela equidade no acesso a tratamentos", destacou a representante da OMS no encontro.
Os próximos passos incluem a definição de um cronograma de implementação e a seleção dos primeiros medicamentos que serão produzidos em escala regional. A expectativa é que os primeiros resultados concretos sejam visíveis já em 2026.
