
Eis que a política mato-grossense dá mais um passo em sua dança legislativa — e dessa vez no ritmo da segurança pública. Nesta terça-feira (16), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que promete sacudir as estruturas do sistema de segurança no estado.
Não foi uma decisão qualquer. Os parlamentares — esses seres que alternam entre o pragmático e o ideológico — analisaram minuciosamente a proposta antes de dar seu aval. "É como examinar um mapa antes de iniciar uma viagem", comparou um deputado, misturando metáforas com a seriedade que o tema exige.
O que muda com a PEC?
Se você acha que proposta constitucional é coisa para jurista entender, vamos descomplicar:
- Mais recursos — Parte do orçamento estadual seria direcionada obrigatoriamente para segurança
- Menos burocracia — Agilidade em processos de aquisição de equipamentos policiais
- Foco na prevenção — Não só repressão, mas políticas sociais ganhariam reforço
Mas calma, não é passe de mágica. Ainda tem chão pela frente — o texto precisa passar pelo crivo do plenário, onde os debates prometem esquentar. "Vai ter farra de emendas", prevê um assessor parlamentar, usando o jargão político que só quem vive no meio entende.
Por que isso importa?
Mato Grosso não é exatamente um mar de tranquilidade quando o assunto é violência. Só no primeiro semestre, os números assustam — roubos aumentaram 15%, e os homicídios teimam em não cair. A PEC surge como resposta a essa realidade dura, que afeta desde o morador da capital até o produtor rural no interior.
Os deputados — aqueles mesmos que normalmente discordam em tudo — pareciam raros pássaros em uníssono durante a votação. "Até parece que é ano eleitoral", brincou um jornalista veterano na plateia, provocando risos discretos.
Agora, a bola está com o plenário. Se aprovada, a PEC pode significar mais viaturas nas ruas, melhores condições para as polícias e — quem sabe? — um respiro para a população. Mas como diz o ditado político: "Entre a proposta e a prática, há um oceano de vontade política".