Prefeitura de Aparecida Recua: Taxa do Turismo É Retirada de Pauta Após Pressão Popular
Aparecida recua e retira taxa do turismo

Eis que a prefeitura de Aparecida, aquela mesma que abriga o maior santuário mariano do mundo, resolveu dar uma de arrependida. A notícia correu solta nesta segunda-feira: o projeto de lei que pretendia criar uma famigerada taxa do turismo simplesmente foi para o beleléu.

Parece que a ideia não caiu bem — e olha que estou sendo gentil aqui. A proposta, que tramitava na Câmara Municipal desde agosto, basicamente queria cobrar dos visitantes pelo simples fato de... bem, visitarem. Algo entre R$ 1 e R$ 2 por pessoa, dependendo do tipo de estabelecimento.

O recuo estratégico

O que aconteceu? A pressão popular falou mais alto. Comerciantes, donos de hotéis, restaurantes — toda a cadeia turística fez coro contra o que muitos chamaram de "mais um imposto disfarçado". A prefeitura, então, preferiu recuar enquanto era tempo.

Não foi algo súbito, diga-se de passagem. A retirada do projeto aconteceu após reuniões tensas entre o poder público e representantes do trade turístico. O clima, segundo fontes próximas ao assunto, estava ficando quente demais para ser ignorado.

Os números que assustaram

Pensa comigo: Aparecida recebe mais de 12 milhões de visitantes por ano. Faz as contas — daria uma bela de uma arrecadação, não é mesmo? Mas será que valeria a pena o desgaste político e a possível redução no fluxo de turistas?

Os comerciantes argumentavam, com certa razão, que muitos visitantes já chegam com o orçamento contado. Qualquer centavo a mais poderia fazer diferença na decisão de voltar ou não.

E agora, o que esperar?

O silêncio da prefeitura é eloquente. Oficialmente, dizem que vão "reestudar a proposta". Entre linhas, parece claro que a ideia foi enterrada — pelo menos por enquanto.

Resta saber se surgirá uma versão mais palatável no futuro. Algo que não pese tanto no bolso do turista, mas que ainda assim ajude a cidade a manter sua infraestrutura turística. Difícil equilíbrio, não?

Por enquanto, os fiéis e turistas podem respirar aliviados. A romaria até o Santuário Nacional continuará sem essa taxa extra. E a prefeitura? Bem, aprendeu na marra que algumas ideias, ainda que bem intencionadas, simplesmente não colam.