
O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (21) para prestar depoimento em uma ação que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado.
O depoimento ocorreu em sigilo e foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Baptista Júnior foi um dos militares que integravam o alto escalão do governo Bolsonaro e seu testemunho é considerado crucial para elucidar os eventos que supostamente configuraram uma tentativa de golpe.
O contexto da investigação
A ação no STF tem como base denúncias de que Bolsonaro e seus aliados teriam articulado um plano para desestabilizar as instituições democráticas após a derrota nas eleições de 2022. Entre as acusações, está a suposta mobilização de setores militares e de segurança para contestar os resultados eleitorais.
O depoimento do ex-comandante da Aeronáutica é visto como um passo importante para esclarecer o papel das Forças Armadas nesse contexto. Fontes próximas ao processo afirmam que Baptista Júnior pode trazer informações relevantes sobre reuniões e discussões ocorridas no Palácio do Planalto.
Repercussão política
O caso tem gerado intensa repercussão no cenário político brasileiro. Enquanto aliados de Bolsonaro classificam a investigação como perseguição política, opositores defendem que seja apurado até o fim para garantir a preservação da democracia.
Especialistas em Direito Constitucional destacam que, se comprovadas as acusações, Bolsonaro e outros envolvidos podem enfrentar consequências jurídicas graves, incluindo a inelegibilidade e até prisão.
A expectativa agora é que o STF avalie os depoimentos colhidos e decida sobre os próximos passos da investigação, que pode incluir novas oitivas e até a convocação do próprio ex-presidente para prestar esclarecimentos.