Eis que o Supremo Tribunal Federal nos presenteia com mais um capítulo daquela novela que já perdeu a conta dos episódios. O ministro Cristiano Zanin, aquele mesmo que chegou ao STF envolto em polêmicas, acabou de dar um veredito que vai deixar muita gente com os nervos à flor da pele.
Num daqueles movimentos que parecem previsíveis mas sempre causam frisson, Zanin rejeitou o pedido da defesa de Sergio Moro. Traduzindo: o ex-juiz e ex-ministro da Justiça continua na berlinda, réu por calúnia contra ninguém menos que Gilmar Mendes.
O Imbróglio que Não Cessa
Parece que foi ontem, mas já se vão alguns anos desde que Moro soltou aquela declaração bombástica. Falou que Gilmar Mendes teria feito um "pedido irregular" durante os tempos da Lava Jato. O problema? Essas palavras ecoaram longe demais - e chegaram aos ouvidos do próprio Gilmar, que não perdeu tempo.
O resultado foi um processo por calúnia que teima em não sair de cena. E agora, com Zanin mantendo Moro no banco dos réus, a coisa toda ganha um sabor especial. Afinal, estamos falando de um ministro que chegou ao STF com o aval de Lula - justamente a figura central da operação que projetou Moro para a fama nacional.
Os Argumentos que Não Colaram
A defesa do ex-juiz tentou de tudo. Alegou que não havia indícios suficientes do crime, que a acusação era frágil, que Moro agiu de boa-fé. Mas Zanin, num daqueles momentos em que a caneta pesa mais que uma tonelada, foi taxativo: nada disso cola.
O ministro deixou claro que, na sua visão, há elementos mais que suficientes para manter o processo rolando. E pior (ou melhor, dependendo de que lado você está): nem mesmo a tese da imunidade parlamentar salvou Moro dessa vez.
É aquela velha história - quando a política e a justiça se misturam, o resultado é sempre imprevisível. E nesse caso específico, a imprevisibilidade parece ter dado lugar a uma certa... como dizer... inevitabilidade?
O Que Isso Significa na Prática?
- Moro continua respondendo judicialmente pelas declarações contra Gilmar
- O processo segue seu curso normal, sem atalhos ou facilidades
- Zanin demonstra que, no STF, as velhas rixas não são esquecidas tão cedo
- A relação entre Judiciário e política continua mais tensa do que ever
E agora, José? O processo segue, Moro permanece réu, e o Brasil continua assistindo a esse pingue-pongue judicial que mais parece uma partida de tênis sem fim. Resta saber quantos sets ainda faltam para que alguém consgue fechar o placar.
Uma coisa é certa: no xadrez político-jurídico brasileiro, nenhuma peça se move sem consequências. E nesse tabuleiro, Zanin acaba de fazer um lance que vai ecoar por muito tempo nos corredores do poder.
