O futuro político do senador Rodrigo Pacheco está diretamente ligado à decisão do presidente Lula sobre a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados próximos, o ex-presidente do Senado já definiu que deixará a vida pública ao final de seu mandato, em 2026, caso não seja o escolhido para suceder o ministro Luís Roberto Barroso.
O impasse na escolha do STF
Rodrigo Pacheco é considerado o principal nome do Senado para a vaga no STF, mas enfrenta a concorrência do atual advogado-geral da União, Jorge Messias. Fontes próximas ao Planalto indicam que Lula teria preferência pelo nome de Messias, o que cria um cenário de incerteza para o senador mineiro.
Antes do anúncio oficial da indicação, Pacheco terá uma conversa decisiva com o presidente Lula. O grau de disposição do Senado em retaliar uma eventual escolha do petista é um dos fatores que deve influenciar as discussões, conforme avaliação de aliados do parlamentar.
Planos alternativos para Pacheco
Caso não seja selecionado para o STF, Pacheco tende a seguir outros projetos na vida privada, abandonando definitivamente a carreira política. Apesar disso, alguns de seus apoiadores defendem que ele poderia assumir um ministério no governo Lula, como por exemplo a pasta da Justiça.
A possibilidade de Pacheco disputar o governo de Minas Gerais, um projeto que chegou a ser defendido pelo próprio Lula, é considerada praticamente remota por seus aliados. A decisão final sobre o futuro do senador deve ser conhecida nas próximas semanas, quando Lula anunciará oficialmente seu indicado para a vaga no Supremo.
O calendário político
O mandato de Rodrigo Pacheco no Senado segue até o final de 2026, dando-lhe tempo para planejar sua transição caso decida realmente abandonar a política. A conversa com Lula será crucial para definir os rumos de sua carreira e possivelmente do próprio equilíbrio de forças entre o Executivo e o Legislativo.
O desfecho desse impasse terá repercussões significativas no cenário político nacional, especialmente considerando a influência de Pacheco no Congresso e sua trajetória como ex-presidente do Senado.