
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para exibir vídeos durante seu interrogatório. A decisão foi tomada nesta terça-feira (10) e reforça os limites do que pode ser apresentado em um depoimento judicial.
Bolsonaro havia solicitado autorização para mostrar gravações como parte de sua defesa, mas Moraes considerou que o material não era relevante para o interrogatório. O ministro destacou que o momento é para esclarecer fatos, não para apresentar provas ou defesas.
O que estava em jogo?
O ex-presidente é investigado em múltiplos processos, incluindo alegações de atos antidemocráticos. Seu pedido para exibir vídeos foi visto por analistas como uma tentativa de influenciar o interrogatório.
Moraes, no entanto, manteve o foco no caráter técnico do depoimento, reafirmando que a fase processual atual não é adequada para a apresentação de materiais de defesa.
Repercussão política
A decisão deve acirrar os ânimos entre aliados de Bolsonaro e críticos do STF. Enquanto alguns defendem o direito à ampla defesa, outros argumentam que o ex-presidente busca desviar o foco das investigações.
O caso continua a ser acompanhado de perto, pois pode estabelecer precedentes importantes para futuros interrogatórios de figuras públicas no Brasil.