
Em um momento revelador durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino compartilhou com colegas e espectadores a obra literária que acompanhava sua reflexão naquele dia decisivo.
Enquanto analisava processos complexos, o ex-governador do Maranhão citou "O Homem que Calculava", clássico de Malba Tahan que mistura matemática, filosofia e cultura árabe. A escolha surpreendeu pela conexão inusitada entre literatura e jurisprudência.
O livro que marcou o voto
Publicado originalmente em 1938, o livro conta a história de Beremiz Samir, personagem que resolve conflitos sociais através de raciocínios matemáticos criativos. Dino destacou como a narrativa oferece "lições sobre equidade e soluções pacíficas" - valores essenciais para um ministro do STF.
Repercussão nas redes sociais
Internautas e juristas comentaram a indicação inesperada. Alguns apontaram paralelos entre os métodos do protagonista e a arte de conciliar posições antagônicas no plenário. Outros celebraram a valorização da literatura na esfera pública.
O episódio reacendeu debates sobre:
- O papel da cultura na formação jurídica
- Como referências extracurriculares influenciam decisões
- A humanização do Poder Judiciário
Especialistas em Direito Constitucional ressaltam que momentos como este aproximam a Corte Suprema da sociedade, mostrando que além de técnicos, os ministros são cidadãos com formações plurais.