
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez duras críticas às grandes empresas de tecnologia, conhecidas como Big Techs, e destacou a necessidade de resistência democrática em meio ao cenário político atual. As declarações foram motivadas pela recente ofensiva do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que voltou a questionar resultados eleitorais.
Democracia em risco?
Segundo Gilmar Mendes, a democracia enfrenta desafios sem precedentes, especialmente com a influência desmedida de plataformas digitais no processo político. "Precisamos estar vigilantes contra discursos que minam a confiança nas instituições", afirmou o ministro durante evento jurídico.
O papel das Big Techs
O magistrado foi incisivo ao criticar o poder concentrado nas mãos de empresas como Meta (Facebook), Google e Twitter: "Essas corporações têm mais poder que muitos Estados nacionais, mas não são submetidas ao escrutínio democrático". Ele alertou sobre os riscos da desinformação patrocinada por algoritmos.
Contexto internacional
As declarações ocorrem no mesmo período em que Donald Trump retomou ataques ao sistema eleitoral americano, ecoando narrativas similares às que levaram ao ataque ao Capitólio em 2021. Analistas políticos veem paralelos com o cenário brasileiro pós-eleições.
Para Gilmar Mendes, a experiência internacional demonstra que "a democracia não se defende sozinha", exigindo ação coordenada de instituições, imprensa e sociedade civil.