O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, protagonizou nesta segunda-feira (10) uma decisão polêmica ao conceder perdão presidencial a seu ex-advogado Rudy Giuliani e outros 76 aliados políticos envolvidos nas tentativas de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020.
Amplo perdão para apoiadores
Segundo informações divulgadas pelo Departamento de Justiça norte-americano, Giuliani e mais 76 pessoas receberam perdão total, completo e incondicional por suas ações relacionadas à eleição presidencial que Trump perdeu para Joe Biden. A medida foi anunciada pelo procurador Ed Martin, responsável pelos indultos, que afirmou: "Nenhum Maga será deixado para trás".
O termo Maga refere-se ao acrônimo de "Make America Great Again" (Façam os EUA Grandes Novamente), slogan que se tornou marca registrada da campanha de Trump e apelido de seus apoiadores mais fervorosos.
Base legal do perdão presidencial
A ordem executiva assinada por Trump estabelece que os beneficiados foram perdoados por condutas relacionadas à eleição de 2020, incluindo aconselhamento, criação, organização, execução e defesa de listas de eleitores presidenciais. O documento também abrange ações relacionadas aos esforços para expor supostas fraudes eleitorais e vulnerabilidades no processo eleitoral.
Entre os nomes mais destacados na lista de perdoados estão:
- Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado pessoal de Trump
- Sidney Powell, ex-promotora que promoveu teorias da conspiração eleitoral
- Mark Meadows, ex-chefe de gabinete da Casa Branca
- Jenna Ellis, ex-consultora jurídica da campanha
- Kenneth Chesebro, advogado envolvido na estratégia de eleitores alternativos
Contexto histórico das investigações
Rudy Giuliani foi peça central nas tentativas de Trump de contestar os resultados eleitorais. O ex-prefeito promoveu ativamente alegações de fraude eleitoral sem apresentar provas consistentes, participando de audiências públicas e campanhas midiáticas para apoiar as reivindicações do ex-presidente republicano.
Vale destacar que Trump continua a afirmar repetidamente que a eleição de 2020 foi roubada, embora múltiplas investigações, auditorias e processos judiciais tenham confirmado a integridade do processo eleitoral e a vitória legítima de Joe Biden.
Esta ação de perdão ocorre em um momento crucial da política americana, com Trump se preparando para possivelmente concorrer novamente à presidência em 2024, mantendo sua base de apoiadores Maga mobilizada e reafirmando sua narrativa sobre as eleições de 2020.