
As polêmicas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump aos produtos estrangeiros podem ter tido um efeito inesperado: fortalecer a popularidade de líderes de países considerados rivais dos Estados Unidos.
Dados recentes mostram que medidas protecionistas americanas, que visavam proteger a indústria doméstica, acabaram servindo como combustível para a aprovação de governantes em nações afetadas pelas sanções.
Quem saiu ganhando com a guerra comercial?
Entre os principais beneficiados estão:
- China: Xi Jinping viu sua popularidade crescer ao posicionar o país como vítima de políticas americanas agressivas
- Rússia: Vladimir Putin aproveitou o momento para fortalecer alianças comerciais alternativas
- União Europeia: Líderes europeus ganharam apoio ao adotar postura firme contra as medidas americanas
Efeito contrário ao esperado
Analistas políticos destacam que, em vez de enfraquecer economias concorrentes, as tarifas americanas acabaram criando um sentimento de união nacional nesses países, com líderes locais sendo vistos como defensores dos interesses nacionais contra o que é percebido como "bullying econômico" dos EUA.
"A estratégia de Trump parece ter saído pela culatra. Em vez de isolar esses países, as tarifas deram a seus líderes uma plataforma para mobilizar apoio interno e buscar novas parcerias internacionais", explica o cientista político Carlos Mendes.
Impacto nas relações internacionais
O cenário atual mostra uma reconfiguração das alianças globais, com países tradicionalmente aliados dos EUA buscando diversificar suas relações comerciais e políticas que não dependam exclusivamente de Washington.
Especialistas alertam que esse movimento pode ter consequências duradouras para a influência americana no cenário mundial, mesmo após o fim do governo Trump.