
O recente aumento nas tarifas de energia e combustíveis, popularmente conhecido como "tarifaço", reacendeu o debate sobre a necessidade de o Brasil ter um assento na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A eleição para a vaga ocorre nesta sexta-feira (24), e o país está entre os candidatos.
A pressão por uma cadeira brasileira na CIDH vem crescendo, especialmente após as críticas internacionais sobre políticas internas relacionadas a direitos humanos. Analistas apontam que a crise econômica e o aumento no custo de vida podem influenciar negativamente a candidatura do Brasil.
O que está em jogo?
A CIDH é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), responsável por promover e proteger os direitos humanos no continente. Ter um representante brasileiro na comissão seria estratégico para o país, que enfrenta desafios em áreas como:
- Violência urbana
- Proteção a minorias
- Direitos indígenas
- Liberdade de expressão
Os desafios da candidatura
Apesar da importância estratégica, especialistas alertam que o cenário político interno pode prejudicar as chances do Brasil. O "tarifaço" e outras medidas impopulares têm gerado descontentamento na população e críticas de organismos internacionais.
Além disso, o país enfrenta concorrência de outras nações com históricos mais consolidados na defesa dos direitos humanos. A eleição promete ser acirrada, com votação secreta entre os membros da OEA.
O resultado será anunciado ainda nesta sexta-feira, após a sessão especial em Washington, sede da organização. O mandato é de quatro anos e começa em janeiro de 2024.