O ex-governador do estado venezuelano de Nueva Esparta e figura da oposição ao regime de Nicolás Maduro, Alfredo Javier Díaz, faleceu neste sábado, 6 de dezembro, dentro de uma prisão na capital Caracas. A informação foi confirmada pelo Ministério do Serviço Penitenciário da Venezuela. Díaz tinha 56 anos de idade.
Detalhes do ocorrido na prisão
Segundo a nota oficial divulgada pelo órgão penitenciário, o fato ocorreu durante a manhã. Por volta das 6h33, Alfredo Javier Díaz começou a apresentar sintomas compatíveis com um infarto agudo do miocárdio. A equipe médica presente no local do cárcere prestou os primeiros atendimentos de imediato.
Diante da gravidade da situação, o ex-governador foi transferido com urgência para o Hospital Clínico Universitário de Caracas. Entretanto, o esforço para salvar sua vida não foi suficiente. Minutos após sua chegada à instituição de saúde, o político não resistiu e veio a óbito.
Contexto político e declaração oficial
Alfredo Javier Díaz era um conhecido opositor do presidente Nicolás Maduro e havia exercido o cargo de governador de Nueva Esparta. No comunicado, o Ministério do Serviço Penitenciário afirmou que Díaz estava sendo processado judicialmente e que todo o procedimento ocorria "com plena garantia de seus direitos, de acordo com o ordenamento jurídico e com o respeito aos direitos humanos e sua defesa jurídica".
A morte de uma figura proeminente da oposição dentro do sistema carcerário venezuelano tende a gerar repercussão internacional e aumentar as críticas ao governo Maduro, frequentemente acusado de perseguir e prender adversários políticos.
Repercussão e próximos passos
O caso levanta questionamentos sobre as condições de saúde e de segurança oferecidas a detentos, especialmente aqueles com perfil político. Até o momento, não foram divulgados mais detalhes sobre o estado de saúde prévio de Díaz ou sobre as investigações que poderiam estar em curso contra ele.
A morte de Alfredo Javier Díaz aos 56 anos marca mais um capítulo tenso no cenário político da Venezuela, aprofundando a polarização e a crise de direitos humanos no país. A comunidade internacional e organizações de defesa das liberdades civis devem acompanhar de perto os desdobramentos deste episódio.