
O ministro da Defesa, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20), defendeu o uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar a ex-primeira-dama do Peru, Maritza Sánchez, que recebeu asilo político no Brasil. Segundo ele, a medida foi "procedimental" e seguiu todos os protocolos legais.
"O asilo concedido à senhora Sánchez foi analisado conforme as normas internacionais e a legislação brasileira. O transporte pela FAB foi necessário por questões de segurança e logística", afirmou o ministro.
Contexto do caso
Maritza Sánchez, esposa do ex-presidente peruano Pedro Castillo, chegou ao Brasil após o marido ser destituído do cargo e preso no Peru. O governo brasileiro concedeu-lhe asilo político, alegando "risco à integridade física" da ex-primeira-dama.
Reações e críticas
A decisão de utilizar um avião militar para o transporte gerou polêmica entre parlamentares e especialistas. Alguns questionaram se o recurso à FAB era realmente necessário, enquanto outros apontaram para o custo operacional da missão.
O ministro, no entanto, rebateu as críticas: "A FAB está à disposição para missões de Estado, e esta foi uma delas. Não houve qualquer irregularidade ou desperdício de recursos públicos".
Próximos passos
Com o asilo formalizado, Maritza Sánchez deve permanecer no Brasil enquanto durar o processo político no Peru. O Itamaraty já comunicou a decisão às autoridades peruanas, reforçando o compromisso do país com os direitos humanos e as convenções internacionais.