O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma ligação direta para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025. O principal objetivo do contato foi discutir a remoção de tarifas americanas que ainda incidem sobre uma série de produtos exportados pelo Brasil.
Uma conversa produtiva sobre comércio
De acordo com um comunicado oficial do Palácio do Planalto, a conversa, que durou cerca de 40 minutos, foi classificada como "muito produtiva" pelo governo brasileiro. O diálogo centrou-se em três pilares principais: a agenda comercial, questões econômicas e o combate ao crime organizado.
Lula agradeceu a decisão prévia dos Estados Unidos de eliminar a sobretaxa de 40% aplicada a itens como carne, café e frutas. No entanto, o presidente brasileiro foi claro ao afirmar que outros produtos ainda enfrentam barreiras tarifárias e que é necessário avançar rapidamente nas negociações para resolver essas pendências.
Cooperação internacional contra o crime
Além dos temas econômicos, a segurança foi um ponto alto da discussão. Lula ressaltou a urgência em fortalecer a cooperação bilateral para enfrentar o crime organizado internacional. Ele destacou as operações recentes conduzidas pelo governo federal brasileiro, que visam asfixiar financeiramente essas organizações criminosas.
Em resposta, o presidente Donald Trump demonstrou "total disposição em trabalhar junto com o Brasil", sinalizando abertura para uma parceria mais estreita nesta frente. Ambos os líderes concordaram em manter o diálogo e voltar a conversar em breve sobre o andamento dessas iniciativas.
Próximos passos nas relações bilaterais
A ligação marca um momento importante na relação diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos. O compromisso de dar continuidade às conversas indica que ambos os países buscam soluções concretas para os temas abordados.
O foco imediato permanece na negociação tarifária, um assunto vital para os exportadores brasileiros, e no estabelecimento de mecanismos eficazes de cooperação em segurança. O desfecho dessas tratativas poderá impactar significativamente o fluxo comercial e a estratégia conjunta contra o crime transnacional.