
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas à atuação das Nações Unidas durante sua participação na Cúpula do BRICS, realizada nesta semana. Em discurso contundente, o mandatário brasileiro apontou falhas da organização em mediar conflitos internacionais, especialmente no Oriente Médio e na Ucrânia.
ONU sob fogo cruzado
"A ONU precisa se reinventar para cumprir seu papel de manter a paz mundial", afirmou Lula, destacando que o Conselho de Segurança está paralisado por vetos de potências. O presidente sugerou uma reforma urgente na estrutura de poder da organização.
Meio ambiente em pauta
Além das críticas, o líder brasileiro aproveitou o fórum para:
- Defender políticas ambientais mais ousadas entre os países emergentes
- Propor cooperação tecnológica para energias renováveis
- Ressaltar a importância da Amazônia no combate às mudanças climáticas
Dados alarmantes sobre desmatamento e emissões de carbono dominaram parte dos debates. Lula comprometeu-se a reduzir em 50% o desmate ilegal na Amazônia até 2027, meta que foi bem recebida pelos demais líderes.
Repercussão internacional
Analistas políticos avaliam que o discurso de Lula reforça o posicionamento do Brasil como mediador em conflitos globais e líder em questões ambientais. A postura crítica em relação à ONU, porém, pode gerar atritos com países europeus.
O encontro do BRICS (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorre em momento crucial, com discussões sobre expansão do bloco e criação de mecanismos financeiros alternativos ao dólar.