
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar as recentes ameaças feitas por Donald Trump em relação aos países membros do BRICS. Durante um encontro bilateral com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, Lula reafirmou a posição do Brasil de não aceitar intromissões externas nos assuntos do bloco.
"Não aceitamos qualquer tipo de interferência em nossas decisões soberanas", declarou Lula, em tom firme. O presidente brasileiro destacou a importância da cooperação entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para o desenvolvimento econômico e a estabilidade geopolítica global.
Contexto das declarações
As declarações de Lula ocorrem em meio a tensões diplomáticas após Trump, pré-candidato à presidência dos EUA, sugerir medidas restritivas contra nações do BRICS. O ex-presidente norte-americano afirmou que, se eleito, adotaria uma postura mais dura em relação ao bloco.
Analistas políticos interpretam as falas de Lula como uma defesa clara da autonomia dos países emergentes. "O Brasil não pode permitir que potências estrangeiras ditem as regras de nosso desenvolvimento", completou o mandatário.
Encontro com Modi
O discurso foi feito durante a visita oficial à Índia, onde Lula participou de uma série de reuniões para fortalecer laços bilaterais. Ao lado de Modi, o presidente brasileiro destacou os avanços nas relações comerciais entre os dois países.
"Temos muito a ganhar com essa parceria estratégica", afirmou Lula, citando acordos nas áreas de tecnologia, agricultura e energia renovável. Os dois líderes também discutiram formas de ampliar a cooperação dentro do BRICS.
Repercussão internacional
A postura de Lula tem sido acompanhada de perto por outros membros do bloco. A China, por exemplo, já manifestou apoio às declarações do presidente brasileiro. Especialistas acreditam que o posicionamento pode fortalecer a união entre os países emergentes.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, as declarações de Trump continuam a gerar polêmica. Setores do governo atual já se manifestaram contra as propostas do ex-presidente, classificando-as como "arriscadas" para a diplomacia global.