
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está em busca de um diálogo direto com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir possíveis ajustes nas tarifas comerciais impostas durante seu mandato. A iniciativa, porém, não agradou a todos, especialmente aos aliados mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo fontes próximas ao governo paulista, Tarcísio acredita que uma negociação direta com Trump pode trazer benefícios econômicos para o estado, especialmente para setores como o agronegócio e a indústria. No entanto, membros do clã Bolsonaro veem a movimentação como uma tentativa de "furar a fila" e desconsiderar acordos já estabelecidos pelo governo federal anterior.
Reações no campo bolsonarista
Entre os bolsonaristas, a insatisfação é palpável. Alguns chegaram a criticar publicamente a iniciativa de Tarcísio, acusando-o de buscar protagonismo em uma área que tradicionalmente é de competência federal. "Isso é uma afronta ao trabalho que já foi feito", disse um deputado aliado de Bolsonaro, que preferiu não se identificar.
O que está em jogo?
As tarifas impostas por Trump durante seu governo afetaram diretamente as exportações brasileiras, especialmente para produtos como aço e alumínio. Tarcísio argumenta que uma revisão dessas tarifas poderia alavancar a economia paulista, mas especialistas alertam para os riscos de uma ação unilateral.
"O ideal seria uma coordenação com o governo federal para evitar ruídos na política externa", comentou um analista econômico.
Próximos passos
Apesar das críticas, Tarcísio parece determinado a seguir com sua estratégia. Ele já teria enviado representantes para conversas preliminares com assessores de Trump, mas ainda não há confirmação de um encontro oficial entre os dois.
Enquanto isso, o clima entre os bolsonaristas segue tenso, com muitos questionando os reais motivos por trás da iniciativa do governador paulista.