
O ministro da Fazenda, Rui Costa, não deixou margem para dúvidas. Em tom firme — quase cortante —, descartou qualquer possibilidade de negociação em torno do decreto que regulamenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Não há espaço para manobra", disparou, como quem encerra um assunto polêmico com um golpe de caneta. A declaração foi dada após rumores de que o governo estaria avaliando propostas alternativas para aliviar a carga tributária em certas operações.
O que está em jogo?
O IOF, esse velho conhecido dos brasileiros, continua pesando no bolso em operações de crédito, câmbio e seguros. A alíquota atual? Nada modestos 0,38% ao dia — sim, ao dia — no caso de empréstimos pessoais.
E olha que a coisa não para por aí:
- Cartão de crédito: 6,38%
- Câmbio: varia até 1,1%
- Seguros: até 7,38%
Parece que o governo, nessa altura do campeonato, prefere não mexer em time que está — supostamente — ganhando. A receita gerada pelo imposto é vital para o equilíbrio fiscal, ainda mais num ano de ajustes delicados.
E as "alternativas"?
Bem... sobre isso, Rui Costa foi categórico: "Nem pensar". Segundo fontes próximas ao ministério, qualquer flexibilização nesse momento seria como abrir a porteira para uma enxurrada de pedidos especiais.
E não é que o mercado já estava com o olho gordo? Bancos e financeiras vinham fazendo lobby discreto — muito discreto — por algum tipo de alívio tributário. Agora, terão que engolir a seco a decisão do Planalto.
Para quem esperava uma reviravolta, a mensagem foi clara: em matéria de IOF, o barco não balança. Pelo menos não enquanto a equipe econômica estiver no comando.