
Eis que a panela de pressão política esquenta em Brasília. A oposição, com um sorriso de quem encontrou a chave do baú, decidiu cutucar a onça com vara curta: querem levar ao plenário da Câmara aquela PEC que promete acabar com o foro privilegiado para parlamentares. Sim, aquela mesma discussão que volta e meia aparece como promessa de campanha e some depois das eleições.
Não é de hoje que esse tema dá pano pra manga. Enquanto o cidadão comum responde até por multa de trânsito perante a Justiça comum, nossos ilustres representantes — quando acusados de algo — têm o privilégio de serem julgados por tribunais superiores. Convenhamos, não parece justo, né?
O jogo político por trás da proposta
Os partidos de oposição, com aquela cara de paisagem de quem descobriu o furo na cerca, estão fazendo barulho para colocar a proposta em votação. Mas vamos combinar: não é só questão de princípios. Tem muito cálculo político nisso tudo — ano que vem tem eleição municipal, e nada melhor que um tema popular para marcar posição.
Por outro lado, os governistas — aqueles mesmos que na oposição eram a favor do fim do foro — agora torcem o nariz. Dizem que a proposta "precisa de mais debates". Traduzindo: querem empurrar com a barriga.
E agora, José?
Se a PEC for aprovada, preparem-se para cenas dos próximos capítulos:
- Parlamentares respondendo na Justiça comum como qualquer mortal
- Um possível aumento no número de ações contra políticos
- Muita resistência por parte da classe política
Mas calma lá! Não é tão simples quanto parece. Alguns juristas argumentam que sem o foro privilegiado, políticos poderiam ser alvo de perseguição judicial. Outros rebatem: "E o cidadão comum, não sofre perseguição?" — questão que fica no ar, sem resposta.
Enquanto isso, nas redes sociais, a galera já começou a caçar os deputados que mudaram de opinião sobre o tema conforme mudaram de cargo. Hipocrisia? Calculismo? Ou mero acaso? Cada um que tire suas conclusões.