Governo Lula reage a tentativa de Tarcísio de negociar com EUA e vê estratégia para reduzir críticas
Governo Lula minimiza negociações de Tarcísio com EUA

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com cautela às tentativas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de estabelecer negociações diretas com os Estados Unidos. Segundo fontes próximas ao Planalto, a movimentação de Tarcísio foi interpretada como uma estratégia para reduzir as críticas à sua gestão no estado.

Analistas políticos avaliam que a aproximação do governador paulista com os EUA pode ser uma jogada para melhorar sua imagem, especialmente após uma série de questionamentos sobre suas políticas internas. O Palácio do Planalto, no entanto, não vê com preocupação essas negociações, afirmando que a política externa é de competência exclusiva do governo federal.

Contexto político

Tarcísio de Freitas, que já ocupou cargos no governo Bolsonaro, tem buscado fortalecer sua base política em São Paulo. Sua recente viagem aos Estados Unidos, onde se reuniu com empresários e autoridades locais, foi vista como uma tentativa de atrair investimentos e projetar-se nacionalmente.

Entretanto, especialistas destacam que qualquer acordo internacional firmado por um governador precisa do aval do governo federal para ser validado. "Não há espaço para protagonismos individuais em questões de política externa", afirmou um diplomata ouvido pela reportagem.

Reação do Planalto

Fontes do governo Lula afirmam que as ações de Tarcísio não afetam a estratégia diplomática brasileira. "São Paulo é importante, mas as relações internacionais são conduzidas pelo Itamaraty", disse um assessor presidencial.

Apesar do tom despretensioso, observadores acreditam que o Planalto está atento aos movimentos do governador, que pode ser um potencial candidato nas próximas eleições presidenciais.