
Um brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou nesta terça-feira (21) ter tido conhecimento de uma minuta que detalhava um suposto plano golpista, entregue pelo ex-ministro da Defesa. A informação, que veio à tona após investigações, reacendeu o debate sobre a segurança das instituições democráticas no país.
Segundo fontes próximas ao caso, o documento continha diretrizes para uma possível intervenção militar, com passos detalhados sobre como derrubar o governo legitimamente eleito. O brigadeiro, que preferiu não se identificar, afirmou que o material foi analisado, mas descartado por ser "inviável e antidemocrático".
Repercussão política
A revelação causou comoção no cenário político brasileiro, com partidos de oposição exigindo esclarecimentos urgentes. Líderes governistas, por outro lado, minimizaram o fato, classificando-o como "mais uma tentativa de desestabilização".
Especialistas em direito constitucional alertam que, mesmo sem execução, a elaboração de tal documento pode configurar crime contra o Estado Democrático de Direito. "Isso não é brincadeira. Planejar um golpe, mesmo que no papel, é grave e deve ser investigado", afirmou um jurista consultado pela reportagem.
Próximos passos
O Ministério Público Federal já sinalizou que pode abrir inquérito para apurar a origem e o destino do documento. Enquanto isso, o Congresso Nacional discute a convocação do ex-ministro e de militares envolvidos para prestarem depoimentos.
O caso ocorre em um momento delicado para as Forças Armadas, que ainda tentam se recuperar das críticas recebidas após os eventos de 8 de janeiro de 2023. Analistas acreditam que esta nova revelação pode aprofundar a crise de credibilidade da instituição.