O ex-jogador de futebol Robinho foi transferido nesta segunda-feira, 17 de novembro de 2025, do Presídio de Tremembé II para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. A mudança ocorreu por solicitação da defesa do atleta em seu processo de execução penal.
Detalhes da transferência
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) confirmou que a transferência foi autorizada a pedido dos advogados de Robinho. O processo corre sob segredo de justiça na Justiça paulista. O ex-atleta está preso desde março de 2024 cumprindo pena de nove anos de prisão pela condenação por estupro coletivo ocorrido na Itália em 2013.
O caso refere-se à violência sexual contra uma mulher albanesa em uma boate, quando Robinho atuava pelo Milan. A condenação foi homologada pela Justiça brasileira após processo na Itália.
Diferenças entre os presídios
O Centro de Ressocialização de Limeira oferece estrutura tanto para regime fechado quanto semiaberto. A transferência não significa progressão de regime para o ex-jogador, conforme esclarecido pelas autoridades.
O presídio de Tremembé II, conhecido como "Presídio dos Famosos", abrigava Robinho desde o início do cumprimento da pena. A nova unidade prisional em Limeira apresenta diferentes características administrativas e de segurança.
Batalha jurídica no STF
Em novembro, a defesa de Robinho ingressou com seu terceiro habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados pedem a retirada do status de crime hediondo da condenação, o que permitiria ao ex-atleta solicitar progressão para regime semiaberto ainda este ano.
No entanto, o estupro está previsto na Lei de Crimes Hediondos, o que exige que o condenado cumpra pelo menos dois quintos da pena antes de pleitear mudança de regime. Robinho só atingirá esse patamar no final de 2027.
O processo está sob relatoria do ministro Luiz Fux no STF. Anteriormente, a defesa já havia impetrado outros dois habeas corpus questionando a homologação da sentença italiana, sem sucesso na reversão da prisão.
A transferência representa mais um capítulo na trajetória penal do ex-jogador, que vê sua situação jurídica evoluir enquanto cumpre pena pelo crime cometido há mais de uma década.