
A Rússia tem investido pesadamente na produção de mísseis de cruzeiro, aumentando significativamente seu estoque nos últimos meses. No entanto, apesar desse reforço militar, o país tem evitado o uso em massa desses armamentos no conflito contra a Ucrânia. Mas qual é a estratégia por trás dessa decisão?
Produção em larga escala, mas uso controlado
Segundo analistas, o governo russo está priorizando a fabricação desses mísseis como forma de manter uma reserva estratégica. Apesar de ter capacidade para lançar ataques em grande escala, Moscou opta por empregá-los de maneira seletiva, visando alvos específicos e evitando um desgaste rápido de seu arsenal.
Objetivos da estratégia russa
Especialistas apontam três motivos principais para essa abordagem:
- Preservação de recursos: Mísseis de cruzeiro são caros e complexos de produzir. Usá-los com moderação permite que a Rússia mantenha pressão constante sem esgotar seus estoques.
- Efeito psicológico: A ameaça latente de um ataque massivo pode ser mais eficaz do que seu uso real, mantendo a Ucrânia e seus aliados em alerta constante.
- Flexibilidade tática: Ao não comprometer todo seu arsenal de uma vez, a Rússia mantém opções para responder a desenvolvimentos futuros no conflito.
Impacto no conflito na Ucrânia
Essa estratégia tem permitido à Rússia manter uma pressão constante sobre a infraestrutura militar e energética ucraniana, enquanto minimiza o risco de uma escalada que poderia levar a um envolvimento mais direto da OTAN. No entanto, especialistas alertam que essa abordagem também prolonga o conflito, criando um cenário de desgaste mútuo entre as partes envolvidas.
A comunidade internacional continua monitorando de perto o desenvolvimento dessa situação, que pode ter implicações significativas para o equilíbrio de poder na região.