
Um fenômeno preocupante tem ganhado força no Brasil: a crescente rejeição à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Cada vez mais trabalhadores e até mesmo empregadores estão optando por relações informais, deixando de lado os benefícios e proteções da carteira assinada.
As razões por trás da aversão à CLT
Vários fatores explicam essa tendência:
- Custos elevados: Para as empresas, os encargos trabalhistas podem representar até 103% do salário do funcionário
- Burocracia excessiva: O cumprimento de todas as normas CLT exige tempo e recursos que muitas pequenas empresas não têm
- Flexibilidade: Muitos trabalhadores, especialmente jovens, valorizam a liberdade de horários e projetos diversos
Impactos no mercado de trabalho
Esse movimento traz consequências profundas:
- Aumento da informalidade, que já atinge 40% da força de trabalho
- Redução da arrecadação previdenciária
- Perda de direitos básicos como férias remuneradas e 13º salário
O dilema dos millennials e da geração Z
As novas gerações parecem estar redefinindo a relação com o trabalho. Muitos preferem a liberdade do trabalho autônomo ou de plataformas digitais, mesmo com menos segurança.
Especialistas alertam: sem um equilíbrio entre flexibilidade e proteção, o futuro do trabalho no Brasil pode se tornar ainda mais precário.