Contrato de R$ 1,7 mi com fundação hospitalar é suspenso no Piauí sob suspeita de superfaturamento
Contrato de R$ 1,7 mi suspenso por superfaturamento no PI

Eis que surge mais um caso que faz a gente suspirar e pensar: "até quando?". Um contrato que beirava os impressionantes R$ 1,7 milhão com a Fundação Hospitalar do Piauí simplesmente travou. E o motivo? Ah, o velho conhecido dos brasileiros: fortes indícios de que o valor estava inflado artificialmente.

A situação veio à tona através do Tribunal de Contas da União, que não perdeu tempo. Eles identificaram algo muito estranho nos valores cobrados por serviços de engenharia — coisa de deixar qualquer um de cabelo em pé.

Os números que não fecham

O detalhe mais gritante? Os honorários profissionais. Enquanto a planilha de referência do DNIT estabelecia um teto de 13,64%, o contrato em questão previa nada menos que 21,12%. Uma diferença que, convenhamos, não é pouca bobagem.

E tem mais — como se já não bastasse. Os custos indiretos também apresentavam valores significativamente acima do recomendado. Parece aquela história do "é dando que se recebe", só que quem se ferra é sempre o contribuinte.

Ação rápida do TCU

O ministro Bruno Dantas, responsável pelo caso, foi direto ao ponto. Determinou a imediata suspensão do contrato e de qualquer pagamento relacionado. A decisão saiu na segunda-feira (6) e pegou todo mundo de surpresa.

Mas calma, não para por aí. O TCU também quer saber de toda a verdade — e rápido. Eles deram um prazo de apenas 15 dias para que a Fundação Hospitalar do Piauí apresente toda a documentação e se manifeste sobre as irregularidades encontradas.

Enquanto isso, o Ministério Público junto ao TCU já está com as antenas ligadas, analisando cada detalhe do caso. A sensação que fica é que dessa vez a corda pode arrebentar do lado errado — ou melhor, do lado certo.

O que me preocupa, francamente, é que situações como essas se tornaram tão comuns que quase não causam mais espanto. E o pior: quem paga o pato é sempre a saúde pública, que já sofre com tantas outras mazelas.