O Oriente Médio continua sendo um dos palcos mais tensos da geopolítica global, com Israel e Irã desempenhando papéis centrais nesse cenário. Ambos os países possuem estratégias distintas, mas que frequentemente se chocam, seja por questões de segurança, influência regional ou até mesmo pelo polêmico programa nuclear iraniano.
Autodefesa e segurança nacional
Israel, desde sua fundação, prioriza a autodefesa como pilar de sua política externa. Com uma história marcada por conflitos, o país investe pesado em tecnologia militar e inteligência, além de manter estreitas relações com potências ocidentais, como os EUA. A questão nuclear, no entanto, é um dos pontos mais sensíveis. Israel nunca confirmou oficialmente possuir armas nucleares, mas especialistas acreditam que o país tenha um arsenal significativo, visto como um "seguro" contra ameaças externas.
O programa nuclear iraniano
Já o Irã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas a comunidade internacional, especialmente Israel e os EUA, desconfiam das reais intenções de Teerã. O acordo nuclear de 2015, que limitava as atividades iranianas em troca do fim de sanções, foi abandonado pelos EUA em 2018, reacendendo as tensões. Desde então, o Irã tem avançado em seu enriquecimento de urânio, aumentando os temores de uma corrida armamentista na região.
Disputa por influência regional
Além da questão nuclear, Israel e Irã travam uma batalha indireta por influência no Oriente Médio. O Irã apoia grupos como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, em Gaza, vistos por Israel como ameaças diretas à sua segurança. Por outro lado, Israel busca consolidar alianças com países árabes moderados, como os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, através dos Acordos de Abraão.
Essa disputa não apenas define o equilíbrio de poder na região, mas também tem repercussões globais, envolvendo grandes potências e definindo os rumos da política internacional.
