Tragédia no céu: a sequência de erros que levou os EUA a abater um avião de passageiros iraniano em 1988
Erros graves levaram EUA a abater avião iraniano em 1988

Em 3 de julho de 1988, o mundo testemunhou uma das maiores tragédias da aviação civil: o voo 655 da Iran Air, um Airbus A300, foi abatido por um míssil disparado pelo navio de guerra USS Vincennes, da Marinha dos EUA. Todas as 290 pessoas a bordo morreram.

O que levou ao desastre?

O incidente ocorreu durante a Guerra Irã-Iraque, em um cenário de tensão extrema no Golfo Pérsico. O USS Vincennes havia entrado em águas territoriais iranianas e confundiu o avião comercial com uma ameaça militar.

Os erros cruciais:

  1. Identificação equivocada: O sistema do navio classificou o Airbus como um caça F-14, apesar das diferenças óbvias em tamanho e velocidade.
  2. Falha na comunicação: A tripulação do Vincennes não conseguiu estabelecer contato com o avião em canais civis.
  3. Pressa na decisão: O capitão tomou a decisão de atirar em apenas 7 minutos, sem confirmar adequadamente a ameaça.

As consequências

O governo dos EUA inicialmente defendeu a ação como legítima defesa, mas depois pagou indenizações às famílias das vítimas sem admitir culpa formal. O incidente piorou drasticamente as relações entre EUA e Irã e levou a mudanças nos protocolos de identificação de aeronaves.

Até hoje, o caso serve como um alerta sobre os perigos da militarização excessiva e da falha humana em situações de alta pressão.