Rússia lança 458 drones e 45 mísseis contra Ucrânia, matando 3
Ataque russo com drones mata 3 e danifica energia na Ucrânia

A Rússia desferiu um massivo ataque aéreo contra a Ucrânia neste sábado (8), utilizando drones e mísseis que resultaram em pelo menos três mortes e danos significativos às instalações de energia em três regiões diferentes.

Detalhes do ataque russo

De acordo com o presidente Volodimir Zelenski, as forças russas lançaram mais de 458 drones e 45 mísseis contra território ucraniano. A Força Aérea da Ucrânia conseguiu interceptar a maioria desses projéteis, abatendo 406 drones e 9 mísseis, conforme informações oficiais.

Entretanto, 26 mísseis russos e 52 drones conseguiram atingir seus alvos, causando destruição em 25 locais diferentes. Um dos ataques mais graves ocorreu na cidade de Dnipro, onde um drone atingiu um prédio residencial, deixando duas pessoas mortas e doze feridas.

Impacto na infraestrutura energética

As instalações de energia nas regiões de Kiev, Poltava e Kharkiv sofreram danos consideráveis, conforme confirmado pela primeira-ministra Iulia Sviridenko. A situação é particularmente preocupante com a aproximação do inverno e temperaturas já próximas de 0°C.

Na região central de Poltava, duas cidades foram severamente afetadas:

  • Kremenchuk, com aproximadamente 200 mil habitantes
  • Horishni Plavni, com cerca de 50 mil residentes

Ambas ficaram sem grande parte do fornecimento de energia elétrica e dependem de geradores para manter o abastecimento de água.

Consequências e reações

O ministro responsável pela reconstrução da infraestrutura do país, Oleksii Kuleba, relatou que ocorreram atrasos significativos nas redes ferroviárias e acusou a Rússia de intensificar seus ataques contra depósitos de locomotivas.

Em resposta aos ataques, Zelenski defendeu a necessidade de intensificar as sanções contra o Kremlin. Através do aplicativo Telegram, o presidente ucraniano afirmou: "Para cada ataque de Moscou à infraestrutura energética com o objetivo de prejudicar a população antes do inverno deve haver uma resposta com sanções contra toda a energia russa".

O Ministério da Defesa russo justificou o ataque como uma resposta às ações de Kiev contra a Rússia, descrevendo a operação como "um ataque maciço com armas aéreas, terrestres e marítimas de alta precisão e longo alcance" contra instalações de produção de armamentos e energia.

Este padrão de ataques à infraestrutura energética não é novo. Desde o início da invasão da Ucrânia, há quase quatro anos, o presidente russo Vladimir Putin tem utilizado essa estratégia. Recentemente, segundo a estatal de energia Naftogaz, o país atacou instalações de gás nove vezes em um período de dois meses.