Imagine estudar em uma escola pública onde as aulas de química, matemática e história acontecem tanto em português quanto em inglês. Pois é exatamente isso que está surgindo em Goiás — e acredite, é uma daquelas notícias que faz a gente ter esperança na educação.
O Centro de Educação Profissional Odenir Oliveira, localizado na região noroeste de Goiânia, acaba de se tornar o primeiro colégio estadual bilíngue de Goiás. Uma iniciativa que, francamente, chega com décadas de atraso, mas melhor tarde do que nunca, não é mesmo?
Como Funciona na Prática?
Aqui vai o detalhe que interessa: não se trata apenas de ter aulas de inglês. O negócio é bem mais ousado. Cerca de 20% da carga horária total — incluindo disciplinas técnicas — serão ministradas diretamente em inglês. Os estudantes vão aprender o conteúdo das matérias enquanto desenvolvem fluência no idioma.
Parece óbvio, mas quantas vezes a gente viu projetos bilíngues que eram basicamente inglês reforçado? Este aqui é diferente — e a diferença está justamente na imersão real.
Quem Pode se Matricular?
As vagas estão abertas para estudantes que vão ingressar no 1º ano do ensino médio integrado ao curso técnico. Tem opções para todos os gostos:
- Administração
- Comércio
- Desenvolvimento de Sistemas
- Logística
- Recursos Humanos
- Multimídia
E olha só que interessante: não é necessário ter conhecimento prévio de inglês. A escola vai ensinar tudo do zero, o que, convenhamos, é mais justo — nem todo mundo tem condições de pagar cursos de idiomas por aí.
Como Garantir Sua Vaga?
O processo é simples, mas requer atenção:
- As inscrições vão até 31 de outubro — então corre que ainda dá tempo!
- É preciso fazer o cadastro no site matricula.educacao.go.gov.br
- Vai ter sorteio público no dia 5 de novembro para definir quem fica com as vagas
- O resultado sai no dia 7 de novembro
Uma dica importante: mesmo quem já estudou em escola particular pode participar. A seleção é por sorteio, então todo mundo tem as mesmas chances — o que me parece bem democrático.
Por Que Isso é Importante?
Num mundo cada vez mais globalizado, saber inglês deixou de ser um diferencial para se tornar praticamente uma necessidade básica. Só que até agora, nas escolas públicas, o ensino de idiomas sempre foi... bem, vamos dizer que tinha espaço para melhorias.
Este projeto tira o bilinguismo daquele lugar de privilégio e coloca na mesa da educação pública. É como se dissesse: "todo jovem goiano merece essa oportunidade". E sabe o que é melhor? A Secretaria de Educação já avisou que, se der certo, a ideia é expandir para outras escolas.
Restam algumas dúvidas, é claro. Será que os professores estão realmente preparados? A infraestrutura é adequada? O material didático é suficiente? Só o tempo vai responder — mas o primeiro passo, esse já foi dado.
Enquanto isso, para famílias com filhos prestes a entrar no ensino médio, surge uma opção que pode mudar completamente o futuro profissional desses jovens. E convenhamos: num país onde a educação pública vive tantos desafios, toda boa notícia merece ser comemorada.
