Eis que surge uma verdadeira filósofa em terras amapaenses. A estudante Ana Clara Furtado, apenas 16 anos, está dando o que falar - e pensar. A garota acaba de conquistar nada menos que uma medalha de ouro na etapa regional das Olimpíadas de Filosofia, e agora mira algo ainda maior.
Parece que Sócrates teria orgulho. A jovem, que cursa o segundo ano do ensino médio em Macapá, mostrou que filosofia não é só coisa de gente grande de barba e pensamento profundo. Ela desbancou concorrentes de vários estados na seletiva regional e garantiu sua vaga para a fase nacional.
Do Amapá para o Brasil
Agora a coisa fica séria. Ana Clara embarca para São Paulo no próximo mês, onde vai representar nosso estado na etapa nacional. A competição acontece na tradicional Universidade de São Paulo (USP), um ambiente que, convenhamos, deve deixar qualquer um um pouco nervoso.
Mas a estudante parece tranquila. "Sempre gostei de questionar as coisas, de entender o porquê dos acontecimentos", conta ela, com uma maturidade que impressiona. "A filosofia me ajuda a compreender melhor o mundo à minha volta."
Preparação intensa
A rotina da jovem filósofa não tem sido fácil - e olha que ela ainda tem que conciliar tudo com as aulas normais do colégio. São horas de estudo dedicadas a pensadores clássicos e contemporâneos, debates com professores e, claro, muita reflexão.
Seu professor de filosofia, aquele tipo de mestre que realmente faz diferença na vida dos alunos, não esconde o orgulho. "Ana Clara tem uma capacidade de raciocínio crítico rara para sua idade", elogia. "Ela não decora conceitos - ela os compreende e questiona."
O que esperar da nacional?
A competição em São Paulo promete ser acirrada. Estudantes de todo o país, cada um com seu estilo e bagagem filosófica, vão disputar o título. As provas envolvem desde análises de textos até arguições orais - nada daquelas decorebas de vestibular.
Mas a nossa representante amapaense parece ter encontrado seu elemento. "Estou nervosa, claro, mas principalmente animada", confessa Ana Clara. "Vou levar comigo todo o apoio que tenho recebido do Amapá."
Quem diria que uma disciplina muitas vezes vista como complexa e distante poderia revelar talentos tão jovens? A história de Ana Clara prova que, às vezes, as grandes mentes surgem onde menos esperamos. E Macapá, definitivamente, tem motivo para comemorar.
