
Os números do ENEM 2024 em Santa Catarina deixaram muitos de cabelo em pé — e não é para menos. Enquanto alguns esperavam um salto qualitativo, a realidade mostrou um cenário mais… digamos, complexo. E o que ninguém contava? A baixa participação dos alunos pode ter virado o jogo.
O que os dados revelam?
Parece que as escolas públicas catarinenses deram um passo atrás antes mesmo de correr. Com apenas 42% dos alunos inscritos comparecendo às provas — um número que, convenhamos, não chega nem à metade —, fica difícil cravar se o desempenho reflete a qualidade do ensino ou apenas… quem de fato apareceu. Será que os ausentes fariam diferença? A pergunta fica no ar.
E olha só: entre os que foram, a média geral ficou em 520 pontos. Nada espetacular, mas também não dá para chamar de desastre. Algumas escolas, inclusive, até quebraram a banca — umas poucas alcançaram médias acima de 600, mostrando que, quando a engrenagem funciona, o resultado aparece.
E os especialistas? O que dizem?
"É como julgar um filme pela plateia vazia", dispara um professor de cursinho, que prefere não se identificar. Ele tem um ponto: sem adesão, fica complicado medir o real impacto do ensino. Outros apontam para a falta de preparo psicológico dos alunos — afinal, ENEM não é só conteúdo, é também resistência emocional.
- Fato curioso: Escolas com projetos de reforço pós-aula tiveram desempenho 15% melhor. Coincidência? Difícil acreditar.
- O lado B: Nas particulares, a adesão foi de 78%. A diferença é gritante — e os números também.
No fim das contas, o que fica é aquele gosto de "poderia ser melhor". Santa Catarina tem tradição educacional, mas parece que desta vez a conta não fechou. Resta saber: será falta de incentivo, medo do exame ou simples desinteresse? A resposta, como sempre, está nos detalhes — e nos corredores das escolas.