Economista do Acre dá 5 dicas para gastar menos no amigo oculto
Dicas para economizar nos presentes de fim de ano

Com a proximidade das celebrações de Natal e Réveillon, a tradição do amigo oculto volta a reunir famílias, colegas de trabalho e amigos. No entanto, para muitos brasileiros, a preocupação não está apenas em escolher o presente ideal, mas em como fazer isso sem comprometer as finanças pessoais. Para auxiliar nesse desafio, o economista e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Carlos Franco, compartilhou uma série de orientações práticas para um fim de ano mais econômico.

Planejamento é a chave para evitar gastos excessivos

De acordo com Carlos Franco, o primeiro passo, e mais crucial, é o planejamento. A principal questão não é o que comprar, mas como comprar, pois a falta de organização leva inevitavelmente a gastos maiores. O próprio ato de participar de um amigo oculto já é uma estratégia de economia, pois reduz significativamente o número de presentes que uma pessoa precisa comprar.

O economista reforça que é fundamental ter clareza antes mesmo de sair de casa. "Você deve ter pelo menos uma noção de que tipo de presente vai comprar. Conheça a pessoa, identifique características, anote opções possíveis e estabeleça um limite de orçamento", explica. Ele detalha: "Se decidir que vai gastar entre R$ 50 e R$ 100, já saia com isso definido, porque deixar solto aumenta muito a probabilidade de gastar mais".

Franco observa que o preço médio dos presentes costuma oscilar entre R$ 40 e R$ 70, faixa mais comum nesta época. Muitos grupos estabelecem limites de valor justamente para evitar situações desagradáveis, como alguém dar um presente de R$ 100 e receber um de R$ 10, o que gera grande insatisfação.

Pesquisa de preços e cuidado com as promoções

O planejamento só se torna efetivo quando acompanhado de uma boa pesquisa de preços, que deve começar online, antes de ir às compras. "Se você tem noção do que quer, perfume, roupa, sapato, pesquise na internet para ter referência de preço. Não é que você vá encontrar o valor exato, mas já sai sabendo que aquele tênis, por exemplo, custa entre R$ 150 e R$ 200, e isso te orienta", afirma o professor.

Um alerta importante do especialista é para as armadilhas das promoções de fim de ano. As ofertas podem ser tentadoras e levar o consumidor a comprar por impulso, não por necessidade ou oportunidade real. "Muitas vezes a pessoa acha que está fazendo um grande negócio, mas pode não estar", pontua Franco, recomendando cautela para não confundir liquidação com gasto desnecessário.

Escolhas inteligentes e a armadilha da última hora

Embora não exista um presente universal, alguns itens tendem a ser mais bem recebidos. Produtos de uso pessoal, como perfumes, sabonetes especiais e kits de higiene, são escolhas seguras e comuns. "Não é legal dar algo muito genérico, como um item de casa ou doméstico, a não ser que seja realmente interessante. Perfumes, kits pessoais, esse tipo costuma funcionar melhor", observa.

O economista também adverte sobre presentes personalizados, que, apesar de criativos, podem ter um custo significativamente maior. Por fim, uma das recomendações mais enfáticas é evitar as compras de última hora. Deixar para a véspera reduz as opções disponíveis, encarece as escolhas e aumenta o risco de adquirir algo que não era o desejado, apenas por desespero.

"Se você compra com antecedência, tem tempo para pesquisar e encontrar melhores preços. Quando deixa para o fim, compra o que tem disponível e sai mais caro", conclui Carlos Franco. Seguir essas estratégias pode ser a diferença entre um fim de ano com boas lembranças e um início de ano com o orçamento comprometido.