O final do ano traz não apenas celebrações, mas também gastos extras que podem comprometer o orçamento familiar. Para ajudar os brasileiros a aproveitarem o décimo terceiro salário de forma inteligente, o Prof. Wanderley dos Santos, docente do curso de Ciências Contábeis do Unipiaget, compartilha orientações valiosas sobre planejamento financeiro.
Estratégia para quitar dívidas e organizar finanças
Segundo o especialista, o segredo para um fim de ano tranquilo começa antes mesmo do dinheiro cair na conta. É fundamental criar uma lista de prioridades que inclua necessidades básicas, dívidas pendentes e objetivos financeiros para o próximo ano.
O professor enfatiza que quem está endividado deve focar primeiro nas contas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. Estas dívidas podem gerar o efeito "bola de neve" e devem ser as primeiras da lista para amortização.
Como distribuir o benefício corretamente
A divisão ideal do décimo terceiro deve considerar três pilares principais: quitação de dívidas, pagamento de despesas fixas e criação de uma reserva para emergências ou investimentos. Para famílias que precisam organizar as contas do início do ano, como IPVA, IPTU e matrícula escolar, o professor recomenda o uso de planilhas ou aplicativos de controle financeiro.
Visualizar o orçamento é essencial para uma distribuição estratégica dos recursos, permitindo que as famílias evitem surpresas desagradáveis nos primeiros meses do ano.
Os 5 passos para não errar no 13º salário
O Prof. Wanderley dos Santos sintetizou o processo de organização financeira em cinco etapas práticas:
- Listar todas as dívidas e despesas previstas para os próximos meses
- Classificar cada item por prioridade e urgência de pagamento
- Definir quanto do benefício será destinado para cada área
- Reservar uma parte para emergências ou aplicações financeiras
- Evitar gastos por impulso, revisando o planejamento antes de qualquer decisão
Para quem já está com as contas em dia, o 13º salário representa uma oportunidade única para fortalecer a saúde financeira. O professor sugere que esses recursos sejam direcionados para investimentos adequados ao perfil do consumidor ou para reforçar a reserva de emergência.
Quando o valor do benefício não for suficiente para cobrir todas as obrigações, a recomendação é mapear tudo o que se deve, priorizando as dívidas mais caras e despesas essenciais. As demais podem ser renegociadas para evitar um novo endividamento.
Negociar com instituições financeiras pode garantir descontos e condições especiais de pagamento, facilitando a quitação de compromissos pendentes. O importante, segundo o especialista, é não repetir os erros comuns de anos anteriores, como gastar todo o valor com festas e compras natalinas sem considerar as obrigações financeiras.