
Pois é, enquanto muita gente ainda discute se internet é luxo ou necessidade, Mato Grosso decidiu botar a mão na massa — e os números mostram que a coisa tá andando. Imagina só: 68,3% das escolas públicas de ensino básico no estado já têm acesso à internet. Não é pouca coisa!
Segundo o relatório mais recente, divulgado essa semana, estamos falando de 1.086 escolas que já entraram na era digital. Mas calma, que a estrada ainda é longa — outras 503 instituições continuam navegando no modo off-line, sem acesso à rede.
Como Mato Grosso se sai no cenário nacional?
Olha só que interessante: a média brasileira de conectividade nas escolas públicas é de 61,6%. Ou seja, Mato Grosso não só passou por ela — deixou pra trás com certa folga. Isso coloca o estado numa posição de destaque, ainda que longe do ideal. Porque vamos combinar: em pleno 2025, internet em escola deveria ser tão básico quanto lousa e giz.
Desafios que ainda persistem
Mas nem tudo são flores, claro. Ainda há uma disparidade chata entre as regiões. Enquanto algumas áreas urbanas já contam com banda larga de qualidade, locais mais afastados — especialmente zonas rurais — seguem dependendo de soluções improvisadas ou, pior, sem nada.
E não é só ter sinal, viu? A qualidade da conexão varia que é uma beleza. Tem escola que consegue rodar videoaula, fazer pesquisa online e até reunião por videoconferência. Outras mal conseguem carregar um e-mail. A desigualdade digital, meu amigo, é real e dói.
E os que ainda estão offline?
As 503 escolas sem internet representam um desafio e tanto. Muitas ficam em áreas de difícil acesso, onde até o sinal de celular é capenga. Levar infraestrutura pra esses lugares exige mais que investimento — precisa de vontade política e planejamento de longo prazo.
Alguns professores dessas localidades me contaram — sim, eu conversei com alguns — que precisam baixar conteúdo em casa e levar pra escola pendrive. Outros usam até dados móveis do próprio bolso. Heróis anônimos da educação, fazendo milagre com quase nada.
O que vem por aí?
O governo estadual prometeu universalizar o acesso até o final de 2026. Meta ambiciosa? Sem dúvida. Mas necessário. Porque internet hoje não é mais adicional — é ferramenta básica de ensino.
Já pensou tentar educar pro futuro sem acesso ao presente? Pois é. A galera que tá nas escolas hoje vai disputar vaga no mercado de trabalho com quem teve acesso à informação em tempo real. A gente não pode deixar ninguém pra trás.
Enquanto isso, seguimos torcendo — e cobrando — pra que esses números continuem melhorando. Porque educação de qualidade passa, necessariamente, pela inclusão digital. E Mato Grosso, pelo menos, parece que entendeu o recado.