
A distribuição de livros didáticos que abordam a cultura afro-indígena para escolas públicas de Belo Horizonte foi adiada devido a um impasse entre vereadores. A decisão, que deveria ser aprovada esta semana, enfrenta resistência de parte dos parlamentares, que questionam o conteúdo das obras.
Os materiais, desenvolvidos em parceria com especialistas em educação étnico-racial, fazem parte de um programa municipal para promover a diversidade cultural nas salas de aula. Segundo a Secretaria de Educação, os livros já passaram por revisão pedagógica e atendem às diretrizes nacionais.
O que dizem os vereadores?
Dois grupos se formaram na Câmara Municipal:
- Favoráveis: Argumentam que o material combate o racismo estrutural e cumpre a Lei 10.639/2003
- Contrários: Alegam necessidade de "revisão ideológica" e questionam a abordagem histórica
O presidente da comissão de educação declarou: "Estamos trabalhando para encontrar um consenso que permita levar esse importante material às escolas o quanto antes".
Próximos passos
Uma nova reunião está marcada para a próxima terça-feira, quando especialistas em educação racial farão uma apresentação técnica para os vereadores. A expectativa é que o impasse seja resolvido até o final do mês.