O clima em Salvador estava daqueles de fazer a gente pensar: será que vai dar certo? Eis que o ministro da Previdência Social, Silvio de Almeida, resolveu botar a boca no trombone durante o Fórum Nacional de Gestão Previdenciária. E olha, o que ele falou não foi pouco.
Parece que o INSS vai passar por uma daquelas reformas que a gente só vê em novela. O ministro deixou claro que a coisa não vai ficar como está. "Precisamos modernizar, simplificar e desburocratizar", soltou ele, com aquela cara de quem já tem planos na gaveta.
O que muda na prática?
Bom, vamos ao que interessa. A tal da modernização passa por algumas frentes:
- Atendimento digital ganhando força - parece que a era das filas intermináveis pode estar com os dias contados
- Agilização nos processos - porque ninguém merece esperar meses por um benefício que é direito
- Integração entre sistemas - finalmente alguém percebeu que comunicação entre órgãos públicos é importante
Mas calma lá! Não é só de tecnologia que vive a reforma. O ministro fez questão de destacar que os servidores não serão deixados para trás. "Valorizar quem trabalha na ponta é fundamental", garantiu. Até que é um alívio ouvir isso, não?
E os segurados?
Aqui é onde a coisa pega. Se você depende ou já dependeu do INSS, sabe como é complicado. O ministro prometeu - e tomara que cumpra - tornar a experiência menos traumatizante para o cidadão.
Imagina só não precisar mais daquela papelada toda? Não ter que contar a mesma história quinze vezes? Parece sonho, mas é o que está sendo prometido.
O que me preocupa, pra ser sincero, é o tempo que tudo isso vai levar. Reforma no serviço público normalmente anda na velocidade de uma tartaruga com preguiça. Mas vamos torcer para que dessa vez seja diferente.
O contexto bahiano
Salvador não foi escolhida por acaso. O ministro sabe que o Nordeste concentra uma parcela significativa dos beneficiários do INSS. Fazer o anúncio aqui foi um sinal claro: as mudanças precisam chegar a todos os cantos do país.
E não foi só blá-blá-blá. Durante o fórum, rolou até assinatura de termo de cooperação técnica. Coisa séria, gente.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, compareceu e deu seu aval. "É fundamental que o cidadão seja tratado com dignidade", disparou. Palavras bonitas, agora vamos ver na prática.
Ah, e detalhe: o ministro não veio só para discursar. Ele garantiu que está acompanhando de perto a situação dos mais de 36 milhões de benefícios pagos mensalmente. Número que assusta, não?
E agora?
O que esperar dessas mudanças? Bom, se funcionar, pode ser um alívio para muita gente. Mas confesso que fico com o pé atrás - já vimos muitas promessas naufragarem na burocracia estatal.
Por outro lado, não tem como negar: o sistema precisa mesmo de uma repaginada. Só espero que não seja daquelas reformas que pioram a situação.
O tempo dirá. Enquanto isso, vamos acompanhando e torcendo para que dessa vez a coisa ande. Porque quando o assunto é Previdência, todo mundo acaba se envolvendo - cedo ou tarde.
