
O ambiente na CPI das Apostas esquentou de verdade quando o assunto migrou para um tema que mexe com o bolso de todo trabalhador brasileiro. E olha, a fala do ex-presidente do INSS, Leonardo Rolim, foi daquelas que faz a gente parar para pensar.
"Comparar o INSS com o desconto associativo é como igualar um oceano a um copo d'água", disparou Rolim, sem papas na língua. A analogie, embora forte, parece fazer sentido quando a gente para para analisar os números - coisa que ele, conhecedor do tema, fez questão de destacar.
Os números não mentem
Enquanto o INSS movimenta valores que beiram os R$ 800 bilhões anuais - sim, você leu certo, bilhões com B - o tal desconto associativo não passa de uma gota nesse oceano previdenciário. Rolim foi categórico: "São dimensões completamente diferentes, incomparáveis, diga-se de passagem".
E tem mais. O ex-presidente, que comandou o instituto entre 2021 e 2022, soltou uma que deve dar o que falar: "O desconto é facultativo, enquanto a contribuição previdenciária é obrigatória por lei". Essa diferença fundamental parece óbvia, mas muita gente acaba confundindo as bolas.
O contexto da polêmica
Tudo começou quando a CPI resolveu investigar se haveria paralelos entre os dois tipos de cobrança. A discussão ganhou corpo e, francamente, precisava de alguém com conhecimento de causa para botar os pingos nos is. Rolim chegou como uma luva.
O depoimento dele jogou luz sobre uma questão que, convenhamos, sempre foi um tanto nebulosa para o cidadão comum. Afinal, quem nunca se perguntou onde vai parar cada centavo descontado do salário?
E aqui vai um detalhe que faz diferença: o desconto associativo precisa de autorização expressa do trabalhador. Já a contribuição do INSS... bem, essa todo mundo conhece bem.
Um sistema sob pressão
Rolim não fugiu do elefante na sala. "O INSS é um sistema complexo, que atende milhões de brasileiros diariamente", observou. Complexo é pouco - estamos falando de uma máquina que precisa dar conta de:
- Aposentadorias de todos os tipos
- Auxílio-doença
- Salário-maternidade
- Pensões por morte
- Benefícios de prestação continuada
E olha, a lista não para por aí. São mais de 35 milhões de benefícios pagos mensalmente. Números que impressionam - e assustam um pouco, se formos sinceros.
O recado ficou claro
Ao final do depoimento, a mensagem do ex-presidente ecoou no plenário: "São realidades distintas, com impactos completamente diferentes na vida das pessoas". E digo mais - essa fala deve repercutir bastante nos próximos dias.
Rolim, com sua experiência na gestão do instituto, conseguiu trazer clareza a um debate que andava meio turvo. E convenhamos, quando o assunto é o nosso dinheiro, transparência é o mínimo que a gente espera.
O que fica claro é que, enquanto o desconto associativo pode ser questionado e evitado, a contribuição previdenciária... bem, essa acompanha a gente desde o primeiro até o último salário. E pensar que tem gente que ainda confunde as duas coisas!