Motta Acelera Projeto que Isenta IR para Quem Ganha até Dois Salários: Veja o que Esperar
Motta quer votar isenção de IR para 2 salários mínimos

Pois é, o tema voltou à tona com tudo — e dessa vez parece que vai pra frente. O deputado federal Motta, do Republicanos do Rio de Janeiro, resolveu botar pressão no plenário e anunciou que vai colocar em regime de urgência o Projeto de Lei que promete isentar do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos. A notícia veio direto do perfil dele no X, antigo Twitter, e pegou todo mundo de surpresa.

Nesta quinta-feira (21), ele confirmou que a matéria será pautada. Isso significa que a proposta pode tramitar mais rápido, pulando algumas etapas burocráticas e — quem sabe — ser votada ainda nesta semana. Algo raro por essas bandas, não é mesmo?

Mas calma, não é só vontade política. O PL já tinha sido aprovado pela Câmara dos Deputados no final do ano passado, mas como sofreu modificações no Senado, precisava voltar para nova análise dos deputados. E agora, com o apoio de Motta, ganha fôlego extra.

E o que propõe exatamente o texto?

Quem recebe até dois salários mínimos mensais ficaria totalmente livre do desconto do IR. Atualmente, a isenção vale apenas para quem ganha até R$ 1.412,00 — ou seja, um salário mínimo. A proposta amplia esse patamar, colocando mais gente no grupo dos “imunes” ao Leão.

Não é pouco não. Só pra se ter uma ideia, segundo cálculos de especialistas, mais de 10 milhões de pessoas podem ser impactadas. Gente que finalmente vai poder respirar aliviada no final do mês.

Motta não poupou palavras. Disse que a proposta "vai dar um alívio imediato para as famílias que mais precisam". E completou: "É dinheiro que volta para o bolso de quem trabalha e movimenta a economia local".

E o governo, o que acha?

Bom, aí a coisa pode complicar. A equipe econômica já sinalizou, em notas técnicas, que a medida pode ter um impacto significativo nos cofres públicos — algo em torno de R$ 3,5 bilhões por ano. Valor que, em tempos de busca pelo equilíbrio fiscal, preocupa.

Mas o deputado rebate: "É uma questão de justiça social. Quem ganha pouco já paga imposto em tudo quanto é canto — no pão, no leite, no transporte. Aliviar a carga sobre o trabalho é mais do que fair play; é obrigação".

O clima no Congresso é de expectativa. Líderes partidários já começam a articular posições, e a bancada governista ainda não definiu se apoia ou se pede mais tempo para analisar. Uma coisa é certa: a pressão popular é grande, e ninguém quer ficar contra uma proposta popular dessas.

Fato é que a jogada de Motta é esperta — e ele sabe disso. Em ano que não é de eleição, mas com olho já em 2026, aprovar uma medida de impacto direto no bolso do eleitor pode render bons frutos. Resta saber se os números fecham, e se o governo topa o desafio.

Você é a favor? A conta fecha? O debate está só começando.