Pois é, parece que a coisa finalmente pode sair do papel. O deputado Ricardo Motta, aquele do União Brasil lá do Rio Grande do Norte, deu um passo decisivo para tentar aliviar o bolso de milhões de brasileiros. Ele protocolou um pedido de urgência para votação do seu projeto que, veja só, isenta do Imposto de Renda quem aufere até cinco salários mínimos.
Isso mesmo que você leu. Se a proposta for aprovada, quem ganha até R$ 5.000,50 por mês pode dizer adeus ao desconto do Leão. Uma mudança e tanto, não?
O Jogo da Urgência na Câmara
O destino desse projeto agora está nas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira. Foi pra ele que Motta enviou o requerimento, pedindo que a matéria seja incluída na pauta de votações do plenário ainda em setembro. A justificativa? Ele acredita que a medida é urgente e vai "aquecer a economia, aumentar o poder de compra e gerar mais empregos".
Nada mal, hein? A ideia é que, com mais dinheiro no bolso, as pessoas vão consumir mais, o que é um combustível poderoso para a economia girar.
E Como Fica Quem Ganha um Pouco Mais?
Aqui é que está o pulo do gato. O projeto não quer simplesmente criar um novo limite e pronto. Ele propõe uma correção em cascata nas faixas de tributação. Imagina uma fila: se você tira a primeira pessoa da fila, todo mundo dá um passo à frente.
É mais ou menos isso. Quem ganha acima de R$ 5.000,50 também se beneficiaria, pagando menos imposto, já que a tabela inteira seria ajustada para cima. Uma jogada inteligente para evitar que o chamado "efeito bracket creep" – quando seu salário sobe um pouquinho mas o imposto sobe muito – continue penalizando a classe média.
Ah, e tem mais! Motta também quer acabar com aquela velha e surrada tabela atual, que todo mundo já sabe que está defasada há anos. Ele propõe que os valores sejam reajustados automaticamente todo ano, seguindo a inflação oficial do país, o IPCA. Chega de esperar décadas por um reajuste que nunca vem, certo?
O debate sobre a reforma tributária, que anda quente por lá, ganha mais um capítulo interessante. Enquanto uns discutem os grandes sistemas, Motta vai direto ao ponto: o poder de compra de quem trabalha e recebe até cinco salários. O que você acha? Será que dessa vez vai?
