Dólar Fraco de Trump: Estratégia Calculada ou Sorte no Mercado?
Dólar fraco: estratégia calculada de Trump?

Parece contraditório, né? Um presidente que sempre pregou força e poder agora parece se acomodar com uma moeda enfraquecida. Mas e se eu te disser que isso não é descuido, e sim uma jogada de mestre?

O dólar vem dando sinais preocupantes — ou não tão preocupantes assim, dependendo de quem você pergunta. Enquanto muitos economistas torcem o nariz, a equipe de Trump parece estar comemorando nos bastidores. A moeda americana, que sempre foi sinônimo de solidez mundial, está perdendo fôlego de forma suspeita.

Não é bug, é feature

Pensa comigo: um dólar mais fraco torna os produtos americanos mais baratos lá fora. É matemática pura, do tipo que qualquer exportador entende na hora. As empresas dos EUA conseguem vender mais, a produção aumenta, os empregos também... e magicamente a economia parece estar indo bem.

Coincidência? Difícil acreditar. Especialmente quando estamos a meses de uma eleição presidencial acirrada.

O timing perfeito

O que me chama atenção é o calendário. O dólar começou essa fase de fraqueza justamente quando a campanha eleitoral esquenta. Não é como se o mercado não tivesse percebido — mas talvez esteja jogando o mesmo jogo.

Os números são eloquentes: o índice dólar contra outras moedas importantes caiu cerca de 4% desde o pico do ano. Pode parecer pouco, mas no mundo das grandes finanças, isso é sinal verde para muitas operações.

E o Brasil nessa história?

Aqui a coisa fica ainda mais interessante. Um dólar fraco significa menos pressão inflacionária por aqui — afinal, muitas commodities são precificadas na moeda americana. É um alívio para o nosso Banco Central, que já tem desafios suficientes.

Mas atenção: isso também pode significar menos competitividade para nossas exportações. É uma faca de dois gumes que exige cuidado redobrado dos nossos policymakers.

Não me surpreenderia se já houvem reuniões sigilosas no Planalto discutindo exatamente esse cenário.

O que esperar pela frente?

A grande questão que fica é: até quando essa estratégia — se é que é uma estratégia — pode ser sustentada? O mercado financeiro tem prazos de validade curtos para tudo, inclusive para jogadas políticas disfarçadas de política econômica.

Minha aposta? Trump vai manter o dólar sob controle até novembro, custe o que custar. Depois das eleições... bem, aí é outra história completamente diferente.

O que parece claro é que estamos diante de um daqueles momentos em que economia e política se misturam de forma quase indecente. E como sempre, são os cidadãos comuns que vão pagar o pato — ou colher os louros — no final dessa novela.