
A situação está feia, e não é pouco. O governo levou uma rasteira no Congresso com aquela medida provisória do IOF, e agora o buraco é mais embaixo. Felipe Salto, um cara que entende das contas como poucos, soltou o verbo: para tapar o rombo, seria preciso um corte de gastos simplesmente impossível de ser feito.
Pensa comigo: estamos falando de algo na casa dos R$ 15,3 bilhões. É dinheiro que não cai do céu, né? O especialista joga a real - seria como congelar todos os salários do funcionalismo público por uma década inteira. Dez anos! Alguém aí acha que isso rola?
O Xadrez Fiscal
O pano de fundo dessa confusão toda é a meta fiscal que o governo se comprometeu a cumprir. Sabe aquela promessa de chegar ao déficit zero? Pois é, ela está mais distante do que nunca. A derrota na MP do IOF não foi apenas um tropeço - foi um tombo feio que compromete todo o planejamento econômico.
E olha que o governo tentou de tudo. Mandou a medida provisória, fez lobby, negociou... Mas o Congresso simplesmente não engoliu. Agora, me diz: o que fazer quando o plano A vai pro espaço?
As Opções (Pouco) Viáveis
- Cortar gastos de vez: Só que aí a conta não fecha - seria necessário um ajuste hercúleo, daqueles que geraria um terremoto político
- Aumentar outros impostos: Já pensou? Mais carga tributária nesse momento? O povo ia chiar forte
- Flexibilizar a meta: O famoso 'vamos deixar pra lá' - mas isso queimaria a credibilidade do governo
Parece aquela escolha entre a cruz e a espada, não parece? Cada caminho tem seu preço, e todos são salgados.
E Agora, José?
Felipe Salto não mede palavras. Na visão dele, o governo basicamente perdeu o controle da situação. E pior: não tem plano B convincente. É como dirigir um carro sem freios - a hora do aperto vai chegar, e não vai ser bonito.
O que me preocupa, francamente, é o efeito dominó. Quando o barco da economia começa a fazer água, todo mundo se molha. Juros podem subir, o dólar dispara, os investidores ficam com o pé atrás... É uma bola de neve que ninguém quer ver rolando.
E você, o que acha? Tem saída para esse imbróglio fiscal? A verdade é que estamos num daqueles momentos em que as decisões de hoje vão ecoar por anos na economia brasileira. Torçamos para que alguém encontre uma solução criativa - porque o caminho tradicional parece mesmo impossível.