A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) a atualização da tabela do Imposto de Renda (IR), garantindo a isenção para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos. A medida, que já era esperada, visa corrigir distorções causadas pela inflação e aliviar a carga tributária sobre as faixas de menor renda.
A proposta foi aprovada em votação simbólica, sem grandes resistências, e agora segue para análise do Senado. Caso seja confirmada, a nova tabela entrará em vigor a partir de janeiro de 2026.
O que muda na prática?
Com a atualização, trabalhadores que ganham até R$ 2.824 (valor equivalente a dois salários mínimos em 2025) ficarão isentos do desconto do IR na fonte. A medida beneficia milhões de brasileiros, especialmente aqueles que foram "empurrados" para a faixa tributável devido ao reajuste do salário mínimo e à inflação acumulada nos últimos anos.
Principais pontos da proposta:
- Isenção mantida para rendimentos de até dois salários mínimos;
- Reajuste das faixas tributárias para corrigir a defasagem acumulada;
- Redução da carga tributária para as classes média e média-baixa;
- Previsão de atualização anual da tabela, com base no INPC.
Especialistas em economia afirmam que a medida é um passo importante para tornar o sistema tributário brasileiro mais justo. "A correção da tabela do IR é essencial para evitar que a inflação corroa o poder de compra dos trabalhadores", explica o economista Carlos Silva, da Universidade de São Paulo.
Próximos passos
Agora, o projeto segue para o Senado, onde deve ser analisado nas próximas semanas. Caso aprovado sem alterações, será enviado para sanção presidencial. A expectativa é que a nova tabela entre em vigor no início do próximo ano, beneficiando os trabalhadores já na primeira folha de pagamento de 2026.
Enquanto isso, contribuintes aguardam ansiosos pela confirmação da medida, que promete devolver parte do poder de compra perdido nos últimos anos.
