
Eis que a polícia desvenda mais uma camada sombria nesse caso que já era suficientemente assustador. O indivíduo preso sob suspeita de fazer um casal simplesmente evaporar e tentar matar um jovem autista — sim, você leu direito — agora enfrenta investigação por atuar na ilegalidade como corretor de imóveis. A coisa é séria.
Não contente em supostamente cometer crimes violentos, o tal suspeito, identificado apenas como A.L.S. (a Justiça protege os nomes, né?), montou um esquema paralelo no mercado imobiliário paraibano. A delegada Mariana Karla, que comanda as investigações, soltou a bomba: ele não tinha registro no CRECI, o conselho que regulamenta a profissão. Ou seja, operava completamente à margem da lei.
E como será que essa farsa toda veio à tona? Através de uma denúncia anônima, é claro. Alguém resolveu não ficar calado e alertou o 11° Batalhão da Polícia Militar sobre as atividades nada honrosas do sujeito. A partir daí, a Polícia Civil entrou em cena e descobriu que o moço anunciava propriedades que... bem, não existiam. Ou que simplesmente não estavam à venda.
Uma teia de crimes que se entrelaça
O que mais assusta — se é que algo pode ser mais assustador que o sumiço de um casal — é como as investigações dos dois casos começaram a se conversar. A prisão de A.L.S. aconteceu no último domingo (25), mas não por causa dos golpes imobiliários. Foi pela tentativa brutal de homicídio contra um jovem autista de 19 anos e pelo desaparecimento misterioso do casal.
Imagina só a cena: os investigadores vasculhando a vida do sujeito atrás de pistas sobre o paradeiro do casal e se deparam com um histórico de trambiques no mercado de imóveis. Coincidência? A polícia acha que não. Tudo indica que os crimes podem estar conectados de alguma forma sinistra.
O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Enrique Meira Palmeira, já deu o tom: a corporação vai investigar cada fio dessa meada até o fim. "A gente não vai descansar enquanto não esclarecer todos os aspectos desse caso", prometeu. E olha, considerando o que já descobriram, parece que a promessa é séria.
E as vítimas dos golpes?
Enquanto a investigação criminal avança, uma pergunta fica no ar: quantas pessoas caíram na lábia desse suposto corretor fantasma? A polícia pede que qualquer um que tenha negociado imóveis com A.L.S. — e suspeite que foi enganado — entre em contato imediatamente. Os canais são o próprio 11° BPM ou a Delegacia de Crimes contra o Patrimônio.
O caso serve como um alerta vermelho para todo mundo que pensa em comprar ou vender um imóvel. Sempre, mas sempre mesmo, verifiquem a regularização do profissional no conselho. Um minuto de prevenção vale mais que meses de dor de cabeça — e possíveis processos judiciais.
O que vem por aí? A investigação continua a todo vapor. A polícia agora corre contra o tempo para encontrar o casal desaparecido e desvendar como exatamente esses crimes aparentemente desconexos se relacionam. Uma coisa é certa: a população paraibana está de olho.