Feira de Santana ainda está tentando digerir mais um caso lamentável de injúria racial que aconteceu neste sábado, no bairro Tomba. E olha que a situação foi daquelas que deixam a gente pensando: até quando?
Um homem de 37 anos — cujo nome a polícia ainda não liberou — foi detido depois de soltar uma série de ofensas racistas contra outra pessoa, bem no meio da rua. A cena foi feia, constrangedora, daquelas que machucam a alma de qualquer um que presencia.
A Polícia Chegou e a Coisa Piorou
Quando os PMs apareceram no local, chamados por testemunhas que não aguentaram ouvir tanta baixaria, o suspeito decidiu que ia dar trabalho. Em vez de se acalmar, partiu para cima dos policiais — e aí, claro, a coisa só piorou para ele.
Não contente em já estar envolvido num caso sério de injúria racial, o homem ainda foi acusado de desacato à autoridade. Duas confusões numa tacada só, imagina?
O Que Diz a Lei
Injúria racial, para quem não sabe, é crime previsto no artigo 140, §3º do Código Penal. Diferente do racismo — que é inafiançável e imprescritível — a injúria racial envolve ofensas direcionadas a alguém específico, usando elementos referentes à raça, cor, etnia ou religião.
Mas cá entre nós: seja qual for a definição jurídica, o estrago emocional é o mesmo. A dor não diminui porque tecnicamente é um crime diferente.
A vítima, firme e corajosa, não deixou barato. Foi direto à delegacia registrar a ocorrência. E não é que ela tinha até filmado parte da agressão? O vídeo, segundo fontes, mostra claramente as ofensas proferidas pelo agora detido.
Um Retrato Triste do Que Ainda Vivemos
Casos como esse em Feira de Santana — que não é exceção, infelizmente — mostram como o racismo ainda está entranhado no dia a dia. Acontece na rua, no trabalho, no comércio... em qualquer lugar.
E o pior: muitas vezes as vítimas sequer têm forças para denunciar. Medo, descrença na justiça, cansaço de sempre ter que provar o óbvio.
Que este caso sirva de alerta — e de incentivo para que mais pessoas não se calem diante de tamanha covardia. Racismo não é opinião, não é brincadeira, não é "mimimi". É crime. Ponto final.
