
Imagine a cena: você é retirado à força do seu novo lar, separado da família, e depois descobrem que tudo não passou de um erro grotesco. Foi exatamente isso que aconteceu com o haitiano Wadson Presumé — e olha que a história só piora desde então.
Detido em maio durante uma blitz de trânsito no Tennessee, Presumé foi deportado para o Haiti em julho. Só que aí veio a bomba: a deportação foi um engano judicial. Sim, você leu certo. Um erro. Alguém lá no sistema confundiu as bolas — e a vida do cara virou de cabeça para baixo.
O retorno desesperado e a nova prisão
Sem aceitar a injustiça, Wadson tentou voltar para os Estados Unidos na última sexta-feira (23). Mas não deu outra. Ao desembarcar em Porto Príncipe com escala em Miami, agentes da CBP (aquela galera da fronteira) já estavam de olho. Resultado? Revistado, detido e agora aguardando — de novo — uma decisão que pode definir seu futuro.
O pano de fundo dessa confusão toda é ainda mais revoltante. O Departamento de Imigração dos EUA admitiu que a deportação dele não deveria ter acontecido. Um juiz deu um prazo até 6 de setembro para que ele fosse trazido de volta. Só que, como bem sabemos, justiça nem sempre anda de mãos dadas com… bem, justiça.
Família desesperada e um sistema questionável
Enquanto isso, do outro lado, a mulher e os três filhos de Presumé, que vivem legalmente no Tennessee, assistem a tudo sem saber o que fazer. "É desumano", disse sua esposa, Naika, numa mistura de raiva e desalento. E não é mesmo?
O caso dele não é isolante, claro. Revela como o sistema de imigração americano — complexo, cheio de furos e muitas vezes arbitrário — pode destruir vias com um simples carimbo errado. E olha que estamos falando de um pai de família, sem antecedentes, que só queria recomeçar longe do caos haitiano.
Pois é. Agora, Wadson Presumé segue preso, num limbo jurídico e emocional. Seu advogado, Andrew Turner, não esconde a frustração: "É inacreditável que mesmo com uma ordem judicial, meu cliente continue sofrendo".
Enquanto a burocracia se arrasta, uma família inteira espera. E a pergunta que fica é: até quando?